Se os estudos sobre a ejaculação feminina ainda são bastante escassos, o mesmo não pode ser dito sobre o debate em relação ao tema. Muito tem se discutido sobre o assunto, e os argumentos não estão somente no meio científico, mas partem para as rodas de amigas, as mesas de bar e chegam até as camas dos casais. Mas afinal, será mito ou verdade?
Ejaculação feminina existe?
O fato é que, em um orgasmo muito intenso, existe mesmo uma secreção, mas a questão é: seria este líquido realmente uma ejaculação feminina? O que os especialistas explicam é que a glândula de Skene, localizada no aparelho reprodutor da mulher, mantém armazenado cerca de 25ml de líquido mucoso, espesso, que parece com o sêmen, entretanto, sem nenhuma apresentação de gametas.
Por outro lado, há uma outra versão, de que a tal ejaculação seria nada mais nada menos do que uma incontinência urinária, uma vez que, em um orgasmo muito intenso, a mulher pode urinar ao mesmo tempo.
A “próstata” feminina
Há especialistas que asseguram que não existe ejaculação das mulheres, pois elas não possuem próstata e tampouco escroto para a produção de líquido seminal.
Por outro lado, um estudo sobre a anatomia comprovou a existência de glândulas parauretrais, duas estruturas localizadas de cada lado da uretra que seriam as responsáveis pela expulsão do líquido durante o orgasmo. Esta estrutura teria sido rebatizada em 2002, pelo Comitê Internacional de Nomenclatura Anatômica (FICAT, na sigla em inglês) de próstata feminina.
Existem teorias que dizem que apenas algumas mulheres nascem com as glândulas parauretrais completamente formadas. Seriam elas as privilegiadas pela “ejaculação”. Quando não se desenvolvem na mulher antes do nascimento, ficariam fechadas e sem capacidade de produzir ou expelir o líquido.
Especialistas defendem ainda que a ejaculação estaria diretamente ligada com a estimulação do ponto G, algo que nem toda mulher possui e que também se configura como um tema tão debatido quanto a ejaculação feminina.
Em termos de pesquisa, de cada 100 mulheres que têm orgasmos, 30 têm o vaginal (clitoriano). Isso significa que apenas 30% das mulheres teriam o ponto G, e, portanto, a capacidade de ejacular.
Conforme explicam os defensores da ejaculação feminina, quando estimulado o ponto G (que seria uma área colada à parede superior da vagina, logo na entrada, antes da uretra), haveria uma contração dos músculos pélvicos, levando à expulsão do líquido prostático feminino.
Segredo da ejaculação feminina estaria no líquido
Para saber se é realmente uma ejaculação que está sendo expelida, segundo essa teoria, seria preciso observar que o líquido expelido em jato pode ser diferenciado da urina, pois, no caso da ejaculação, ele não tem cheiro, nem cor. Por esse entendimento, seria impossível ter um orgasmo e fazer xixi ao mesmo tempo.
Os especialistas que defendem a ejaculação da mulher creem que essa é uma descoberta que deve ser feita apenas por elas. Nesse caso, uma mulher que nunca teve um orgasmo pode passar a ter, se investir em relações mais intensas e com estímulos adequados.
Uma das indicações para chegar a esse patamar é a masturbação. É por ela que se descobrem as zonas de prazer e é através dela que, no caso de algumas mulheres, pode-se chegar ao orgasmo e à possível ejaculação. Se você ficou curiosa, vale a tentativa.
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