O vírus ebola é o responsável por causar a chamada febre hemorrágica. Trata-se de um vírus altamente letal, que retornou ao centro das atenções médicas esse ano, marcado por uma epidemia da doença no continente africano.
África registra mortes por ebola
Desde janeiro desse ano, foram registrados 964 casos em países como Guiné, Libéria e Serra Leoa, bem como 603 mortes em razão de infecção por ebola, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Estima-se que taxa de mortalidade devido à infecção pelo vírus alcance um assustador patamar de 90%.
Até os dias atuais, as doenças relacionadas ao ebola têm ficado restritas ao continente africano. A primeira vez que o vírus foi detectado ocorreu no ano de 1976, de forma simultânea em aldeias no Sudão e no Congo, ambas próximas ao rio Ebola – daí o porquê de o vírus ter sido batizado dessa forma.
Diferentes tipos do vírus
Existe mais de um tipo desse vírus.O ebola é gênero da família Filoviridae, decorrendo daí cinco diferentes espécies:
– Vírus Bundibuyo (BDBV);
– Vírus Zaire (EBOV);
– Vírus Reston (RESTV);
– Vírus Sudão (SUDV); e
– Vírus Tai Forest (TAFV).
As espécies responsáveis pela febre hemorrágica são as BDBV, EBOV e SUDV. Quanto às demais, ainda não há notícia de que tenham causado doenças ou que sejam responsáveis por mortes de seres humanos.
Como ocorre a transmissão
A transmissão do vírus ebola ocorre a partir de animais, materiais ou contato com fluídos corporais – sangue, saliva, sêmen, suor, urina ou vômitos -, que podem se dar diretamente de pessoa a pessoa ou com materiais infectados, como agulhas usadas em hospitais, por exemplo.
Sintomas da febre hemorrágica
Depois do contágio, há um período de incubação do ebola que varia de forma bem significativa: de 2 a 21 dias. Os sintomas iniciais da febre hemorrágica também são bem variados e por isso é tão difícil detectar a doença no estágio inicial.
Ainda assim, é possível citar como sinais dor muscular, dor abdominal, vômitos, diarreia, febre, calafrios, fadiga ou mal-estar generalizado, dor de garganta, dor de cabeça, dentre outros.
Nas fases mais avançadas da infecção, porém, os pacientes começam a sangrar: olhos, nariz, ouvidos, nenhum desses membros está a salvo. Além disso, podem ocorrer hemorragias gastrointestinais, além de inchaço na genitália, erupções cutâneas com sangramento e sensação de dor na pele.
É possível, também, que o ebola induza a pessoa ao coma e ocasione problemas gravíssimos, como coágulos. Por fim, a hemorragia em razão da febre causada pelo vírus pode ser tão grave e intensa que é capaz de levar a pessoa à morte.
Como prevenir o ebola
Infelizmente, não há vacina eficaz contra o vírus, ainda que diversas pesquisas estejam sendo realizadas nesse sentido. A melhor forma de prevenir o contágio, assim, é evitar visitas às áreas em que se relatam epidemias.
Não há nenhum tratamento específico para a doença causada pelo vírus. Os pacientes precisam ficar em observação e tomar medicações intravenosas, já que podem estar bastante desidratados. É por isso que as estatísticas demonstram que até 90% dos pacientes infectados pelo ebola acabam morrendo.
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