Clínica Geral

Fibromialgia provoca dor e atinge tendões e articulações

Por Redação Doutíssima 07/10/2014

Considerada uma das síndromes crônicas mais dolorosas de nosso tempo, a fibromialgia afeta cerca de 3% da população brasileira, com sintomas acometendo principalmente os tendões e as articulações.

Sinais que indicam a fibromialgia 

A condição é caracterizada pela dor crônica generalizada, com múltiplos pontos dolorosos, pelo processamento anormal da dor, pelos distúrbios do sono, pela fadiga e por outros sintomas psicológicos, como a ansiedade e a depressão.

Para aqueles com sintomas mais graves da doença, a fibromialgia pode ser extremamente debilitante, além de interferir em suas atividades do dia a dia.

fibromialgia

Dor provocada pela fibromialgia pode ser tratada com remédios e novos hábitos. Foto: Shutterstock

Fibromialgia é considerada doença

Reconhecida como uma doença pela Organização Mundial de Saúde apenas em 1992, a fibromialgia afeta todo o sistema musculoesquelético e suas causas ainda são controversas.

Segundo o médico Fernando A. Rivera, da Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida, membro do Colégio Médico dos Estados Unidos, e docente da Escola de Medicina associada à Mayo, a definição mais aceita da fibromialgia consiste em uma dor generalizada, crônica, no sistema musculoesquelético, devido a um transtorno do sistema nervoso, ou seja, quando ocorre um estímulo, que normalmente é doloroso, quem possui esta doença a dor pode ser ainda maior.

Além disso é possível sentir dor por estímulos que normalmente não deveriam provocá-la. “Até agora só se conseguiu saber que o surgimento e a intensificação dos sintomas da fibromialgia podem estar relacionados a fatores estressantes, tanto físicos quanto emocionais.” revela o médico.

A doença geralmente está associada a mulheres e idosos, mas Rivera explica que essa condição pode afetar qualquer pessoa, principalmente entre os 20 a 50 anos, porém, já foi documentado sintomas em crianças.

Como se dá o diagnóstico

Não existe um teste único que vai ajudar a fazer o diagnóstico. Os sintomas podem imitar outros problemas de saúde e, em qualquer suspeita da doença, o médico poderá fazer exames para eliminar outras possibilidades.

O especialista americano conta como os sintomas associados à doença podem se apresentar. Segundo ele, a fibromialgia pode causar embaralhamento do cérebro, que consiste em problemas de raciocínio e memória, dores de cabeça ou enxaquecas, hipersensibilidade à luz, aos sons, odores e temperatura; cólon e bexiga irritáveis; dor pélvica, dor na articulação temporomandibular (a articulação entre o osso temporal do crânio e a mandíbula, responsável pela função mastigatória).

Também podem ocorrer náuseas, parestesia (sensação de adormecimento e formigamento), perda do equilíbrio e infecções crônicas ou recorrentes, como sinusite ou infecção respiratória alta, a que afeta o trato respiratório superior (nariz, seios nasais, laringe, faringe).

“Outros fenômenos que causam fadiga no paciente são os distúrbios do sono e a síndrome das pernas inquietas, que é, basicamente, sentir dor nas pernas durante a noite e fazer movimentos involuntários para tratar de aliviá-la, o que afeta mais frequentemente pessoas de meia idade e idosos”, afirma.

Como é o tratamento

O tratamento da fibromialgia consiste em medicamentos antidepressivos tricíclicos, como amitriptilina e ciclobenzaprina. Mas mesmo com o tratamento com medicamentos, as dores podem não sumir completamente.  Algumas mudanças nos hábitos do paciente podem ser de total importância para o sucesso do tratamento.

“A terapia não farmacológica consiste em educar o paciente para melhorar sua atual condição de vida. Fazer exercícios de baixo impacto (aeróbico, natação) de forma regular, terapia física e terapia cognitivo-comportamental”, conclui o médico.

 

 

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