O ano de 2014 foi marcado pelo surto do vírus ebola, que há meses assola países do oeste da África. No entanto, foi no início de outubro que surgiu a primeira suspeita de um caso de contaminação em solo brasileiro.
Ainda que a situação do guineense Souleymane Bah já tenha sido resolvida e a suspeita de ebola solucionada, autoridades e população acendem um sinal de alerta: afinal de contas, como é a transmissão desse vírus no maior surto da doença desde o seu surgimento, em 1976?
Problemas para detectar o vírus ebola
Um dos maiores problemas declarados por médicos da área em relação ao vírus ebola é a sua capacidade de estar no corpo de alguém e, no entanto, só se manifestar após 21 dias – tempo que caracteriza o seu período de incubação.
É importante entender que, durante esse período, não há transmissão. Isso significa que a transmissão do vírus ebola só pode ocorrer quando a doença já está instalada e quando a vítima já apresenta os sintomas, como a febre.
Também é válido entender que o vírus não é transmitido pelo ar. O contágio acontece somente pelo contato direto com secreções de uma pessoa doente. Essas secreções podem ser a saliva, a lágrima, as fezes, a urina, o vômito e o sangue.
Sintomas que indicam o vírus ebola
É importante salientar que um dos primeiros sintomas indicativos do vírus ebola é a febre súbita. Além disso, quem está com a doença também pode apresentar fraqueza intensa, dores musculares, de cabeça e de garganta.
Após esse primeiro momento, a pessoa pode ter vômito e diarreia, bem como funções hepáticas e renais deficientes. Também é sintoma característico do ebola o surgimento de erupção cutânea e sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos.
Por tudo isso, não é necessário pânico com relação à doença no Brasil. O seu contágio é difícil e evita as chances de uma epidemia no país. Medidas simples de proteção ajudam a garantir que não se tenha o contágio.
Uma das principais dicas de prevenção, principalmente para pessoas que tiveram contato com algum paciente, é lavar as mãos ou usar álcool gel, já que as mãos são um meio de transporte de vírus e bactérias.
Além disso, regras gerais de higienização de mãos e demais partes do corpo – geralmente utilizadas para combater a maioria das infecções via ar – podem ser feitas sem erro nesse caso específico de ebola.
Se você tiver qualquer dúvida sobre o vírus ebola ou possibilidade de contato com um possível transmissor da doença, procure imediatamente um infectologista para que as medidas necessárias sejam tomadas.