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Saiba quais são as principais causas e tratamento da apneia obstrutiva do sono

Por Redação Doutíssima 11/01/2015

Uma reclamação cada vez mais recorrente entre os brasileiros é sobre a hora de dormir. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% da população do País afirma não estar satisfeita com a qualidade do sono e 33% sofre de apneia do sono. A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença crônica e evolutiva.

 

Apneia obstrutiva do sono cessa a respiração

 

Esta doença é caracterizada pela obstrução parcial ou total das vias, o que ocasiona paradas repetidas e temporárias da respiração enquanto a pessoa dorme. A respiração cessa porque as vias aéreas colapsam, impedindo que o ar chegue até os pulmões.

apneia obstrutiva do sono

Síndrome pode originar ou agravar doenças cardiovasculares, como arritmia. Foto: iStock, Getty Images

Assim que o cérebro recebe a mensagem de que algo está errado, a pessoa desperta do sono por um breve momento – quando vias respiratórias reabrem e permitem que a respiração volte ao normal – entretanto, o problema se repete ao longo da noite.

Se não for tratada, a apneia obstrutiva do sono pode originar ou agravar uma doença cardiovascular, como arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e hipertensão.

Em pessoas adultas, as principais características do distúrbio são a suspensão da respiração por 10 segundos em cinco ou mais vezes por hora de sono e a consequente redução dos níveis de oxigênio no sangue. Em crianças, dois ou três segundos de parada respiratória são suficientes para o sangue dar apresentar de falta de oxigênio.

Fatores de risco da apneia obstrutiva do sono

 

Entre as causas da doença, cirurgião bucomaxilofacial Dr. José Flávio Torezan destaca a obesidade. “Pode levar à apneia obstrutiva do sono por causar estreitamento da faringe e obstruir a passagem do ar”, alerta.

Entretanto, a origem do problema também pode estar relacionada à combinação entre fatores como: amígdalas e adenoides muito grandes; obstrução crônica do nariz por causa de tumores, desvio de septo, pólipos nasais e hipertrofia dos cornetos.

Dormir de barriga para cima; queixo projetado um pouco para trás, que faz recuar a base da língua; álcool, tabaco, medicamentos à base de benzodiazepínicos e refluxo gastroesofágico, também são fatores relacionados à síndrome.

Sintomas da apneia obstrutiva do sono

 

Entre os principais sintomas da apneia obstrutiva do sono, estão o ronco (à noite) e a sonolência (ao longo do dia). Contudo, outros sintomas ao acordar também podem estar relacionados com a doença, como: sentir sensação sufocamento, dor no peito, dor de cabeça, sentir boca seca, dor de garganta, impotência sexual e irritabilidade.

Tratamento

 

O tratamento para apneia obstrutiva do sono deve ser acompanhado de mudanças no estilo de vida do paciente. Primeiramente, é fundamental evitar os fatores de risco como: obesidade, ingerir bebidas alcóolicas e fumar. “O objetivo principal do tratamento é manter as vias respiratórias abertas para que durante o sono a respiração não seja interrompida.

Em alguns casos é indicado o uso de aparelhos odontológicos na boca durante a noite para manter a mandíbula posicionada mais para frente e impedir o bloqueio das vias aéreas e em outros casos a cirurgia é a melhor opção”, conclui Torezan.

Segundo o especialista, em casos mais graves é indicada a cirurgia maxilar, que melhora muito a qualidade de vida do paciente.

Sobre o Dr. José Flávio Torezan

 

  • Graduado em Odontologia pela faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas/SP (entre 1988 e 1991);
  • Residência em Odontologia Hospitalar pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (entre 1992 e 1993);
  • Especialista e mestre em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-faciais pela FOP-UNICAMP (1995-1998);
  • Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-faciais pela FOP-UNICAMP (2009 até a presente data);
  • Professor coordenador do curso de especialização em implantes da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas de Campinas (desde 1998);
  • Ex-professor adjunto de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-faciais da Universidade de Santo Amaro (entre 1999 e 2005);
  • Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-faciais;
  • Membro da International Association of Oral and Maxillofacial surgeons.Filiado ao Royal College of Surgeons (London);
  • Cirurgião buco-maxilo-facial em clínica privada com atividade exclusiva em cirurgia ortognática, cirurgia das ATM’S, cirurgias reconstrutivas maxilo faciais e tumores de boca;
  • Atua nos Hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês, Alemão Osvaldo Cruz, Santa Catarina, São Luiz e Hospital do Coração, em São Paulo/SP.

 

 

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