O hábito de fumar é considerado uma das maiores agressões infringidas à saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo.
O Instituto Nacional do Câncer aponta que 10% dos fumantes chegam a reduzir a expectativa de vida em 20 anos. Assim, procurar um tratamento para parar de fumar é uma das medidas mais eficazes para melhorar e manter a saúde.
Organismo e tratamento para parar de fumar
Abandonar o vício muitas vezes não é uma tarefa fácil. Estima-se que 65% dos fumantes que tentam largar o cigarro retomam o vício na primeira semana da tentativa. Por isto, o tratamento para parar de fumar deve ser acompanhado com base nas suas necessidades.
O grande segredo para conseguir abandonar o vício é descobrir a velocidade em que a nicotina é metabolizada pelo seu organismo, já que esta substância, segundo pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, é uma das maiores responsáveis pelo vício em cigarro. De acordo com eles, a realização de testes de sangue pode ajudar os fumantes a optarem pelo melhor tratamento para parar de fumar.
De acordo com o estudo, cada organismo quebra as moléculas de nicotina em velocidades diferentes, o que faz com que pessoas com metabolismo mais rápido consigam a armazenar menor quantidade da substância, tornando mais difícil a missão de parar, já que o organismo sente mais a falta do cigarro.
A pesquisa foi realizada com 1246 fumantes que queriam abandonar o cigarro. Durante o trabalho, os pesquisadores checaram o sangue de cada voluntário para ver se a nicotina foi quebrada em uma taxa normal ou lenta.
Para isto, dividiram os participantes em dois grupos. Um grupo tomou uma pílula de placebo e usou adesivos com nicotina, o outro ingeriu a droga vareniclina e usou um adesivo placebo. Em ambos os casos, o tratamento durou onze semanas e os pacientes receberam atendimento psicológico e foram monitorados por um ano após o fim do estudo.
Estudos do tratamento para parar de fumar
O uso da vareniclina, uma droga sem nicotina que está disponível ao público por prescrição médica, não é indicado com freqüência pelos profissionais. Isso porque o uso da substância pode causar efeitos colaterais, como o risco de depressão.
Os adesivos de nicotina ajudam a reduzir as crises de abstinência, retirando a nicotina aos poucos e ajudando no tratamento para parar de fumar. O instrumento é o que possui maior adesão entre os médicos, afinal é o método que apresenta menos efeitos adversos e desagradáveis.
O resultado mostrou que pessoas que metabolizam a nicotina em uma velocidade normal apresentam mais chances de parar de fumar durante o uso de vareniclina do que aqueles que fazem uso de adesivos de reposição de nicotina.
Por outro lado, indivíduos com metabolismo mais lento apresentam maior índice de efeitos colaterais com vareniclina, mesmo que possuam índices de sucesso neste tratamento para parar de fumar. No entanto, os melhores resultados para metabolismos mais lentos ocorrem com o uso de adesivos com nicotina.
Por meio dos testes preventivos de sangue, será possível saber qual o melhor caminho para fumantes largarem seus cigarros. Caso seja aprovado e desenvolvido, o método poderá ser inserido na prática clínica para aconselhar o melhor tratamento para os fumantes.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima!