A febre tifoide é uma doença infectocontagiosa, transmitida por via fecal-oral e é uma enfermidade endêmica em regiões de pouco ou nenhum saneamento básico.
No Brasil, a doença é pouco registrada e acaba por ter notificações em cidades onde as condições sanitárias são inadequadas, com esgoto a céu aberto, por exemplo.
A melhor maneira de evitar a febre tifoide é evitando contato com fezes e alimentos contaminados, por isso lavar as mãos, as frutas e as verduras são fundamentais para não ser infectado pela bactéria Salmonella enterica typhi, causadora da doença.
Sintomas que a febre tifoide provoca no organismo
As bactérias da febre tifoide, ao entrarem no organismo, começam uma verdadeira batalha contra o corpo da pessoa. Logo após o contágio, que acontece pela boca, as Salmonellai typhi seguem pelo trato digestivo e boa parte delas morre no contato com o suco gástrico do estômago.
As que sobrevivem seguem para o intestino delgado, onde atravessam a parede do intestino e caem na corrente sanguínea e é onde começam os problemas.
A Salmonellai typhi tem o poder de se reproduzir no interior das células de defesa e, por consequência disso, dissemina-se rapidamente pelo organismo, afetando órgãos como fígado, vesícula, baço, medula óssea e intestino grosso e delgado.
Os primeiros sintomas da doença – portadores crônicos são assintomáticos – começam a surgir logo após o período de incubação da bactéria, que é de duas semanas.
Os sintomas iniciais são leves e vão aumentando ao longo dos dias, regredindo a partir da quarta semana. Os sintomas da febre tifoide são:
1. Febre prolongada
2. Alterações intestinais, como constipação e diarreia com sangue
3. Dor de cabeça constante
4. Falta de apetite
5. Mal-estar
6. Inchaço do fígado e baço
7. Distensão e dores abdominais
8. Náuseas
9. Vômitos
10. Em alguns casos, manchas rosadas no tórax e no abdômen, chamadas de roséola tífica
Como é o tratamento para febre tifoide
A febre tifoide tem tratamento simples, que pode ser feito em casa. No entanto, quando não tratada, os sintomas se agravam e problemas graves podem surgir, como hemorragias abdominais e perfuração do intestino. Esses casos podem evoluir para septicemia, que é infecção generalizada, coma e até a morte.
O tratamento para a doença prevê antibióticos e a hidratação do paciente, que pode ter perdido muito liquido.
Estes cuidados devem ser iniciados assim que seja diagnosticada a doença. Embora o tratamento seja simples, em alguns casos é preciso internação hospitalar. Crianças e jovens merecem cuidados específicos.
Recomendações para evitar doença
1. Higiene
Sempre lave as mãos depois de ter usar o banheiro, antes das refeições e ao manusear alimentos crus.
2. Água
Sempre beba água filtrada ou fervida.
3. Alimentos
Não coma alimentos mal cozidos ou fervidos em água suspeita.
4. Viagens
Verifique as condições sanitárias do local para onde vai viajar e faça a vacina, no mínimo, 15 dias antes da viagem.
5. Região endêmica
Se a região é endêmica à doença, o cuidado deve ser redobrado com a higiene das mãos, com os alimentos e com a água.
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