Com o lançamento de mais um livro da coleção Cinquenta Tons de Cinza nesta quinta-feira, a tendência sadomasoquista ganha força novamente. Na quarta obra da série escrita pela autora britânica E. L. James, a história é a mesma, mas dessa vez contada pelo ponto de vista do principal personagem masculino: Christian Grey.
A versão em inglês, aliás, chega para venda justamente no dia do aniversário do famoso magnata adepto do sadomasoquismo. No Brasil, a previsão é que o romance seja lançado somente em 18 de setembro.
Segundo a editora Vintage Books, foram vendidos mais de 125 milhões de cópias da série em todo o mundo.
Sadomasoquista: você é?
Ser sadomasoquista engloba duas características: o sadismo e o masoquismo. O primeiro é quando a pessoa sente prazer em causar dor no próximo, o segundo é quando o prazer vem da dor sentida em si mesmo. Tudo isso envolve fetiches, desejo de sentir prazer de formas não tão comuns quanto o ato sexual normal.
“A designação de masoquismo abrange todas as atitudes passivas perante a vida sexual e o objeto sexual, a mais extrema das quais parece ser o condicionamento da satisfação ao padecimento de dor física ou anímica advinda do objeto sexual”, conceituou Freud em seu livro Três ensaios sobre a teoria da sexualidade.
Na história de Christian Grey e Anastacia Steele, as atividades íntimas do casal vão muito além disso. Christian é um multimilionário com um cômodo no seu apartamento dedicado exclusivamente às práticas sadomasoquistas.
Lá, o leitor descobre que tem chicotes de vários tipos, algemas, prendedores de mamilo, plugs, correntes e cordas para que um dos dois possa dominar o outro e lhe tratar da maneira que desejar para seu próprio prazer.
Atenção: nem sempre o relacionamento entre sádico e masoquista precisa envolver sexo. Pode ser apenas um jogo de poder, uma encenação, em que causar e sentir dor provoca um prazer tão grande quanto o sexual.
Ser sadomasoquista: nada de violência sexual
O sadomasoquismo e a violência sexual podem ser vistas por puritanos como a mesma coisa, mas não são. A linha que divide um e outro é muito clara: o consentimento do parceiro. Qualquer atividade sexual em que uma das partes não está de acordo é considerada abuso e resulta em crime.
Nas práticas do sadomasoquismo os envolvidos precisam, antes de mais nada, definir limites e escolher uma senha, uma palavra que possa interromper a atividade quando um ou outro não está se sentindo confortável. As regras vão delimitar o que pode e o que não pode, dentro da zona de conforto de cada um.
A definição da senha é importante, principalmente quando o casal gosta de brincar com a proibição do sexo. Dizer “não” ou “para” pode fazer parte do jogo se assim decidido pelos envolvidos. Dessa maneira, uma palavra de emergência representa o momento em que realmente é preciso parar.
Dominação e submissão
A prática sadomasoquista se resume aos papéis de dominador e submisso. Esse papel pode ser fixo entre um casal ou pode mudar conforme as preferências. O dominador é quem comanda a ação e o submisso deve obedecer. Quem muda de papel conforme a ocasião é chamado de switcher.
Entre os mais aficcionados pelo estilo sadomasoquista, dominar e se submeter ultrapassam os limites do quarto e fazem parte da rotina diária do casal dentro da sua própria casa. O dominador também exerce um papel de cuidador, responsável pela outra parte, similar ao que acontece com casal dos livros Cinquenta Tons de Cinza.
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