A cada ano, quando se aproxima o Natal, um personagem se destaca nas decorações, propagandas de televisão e mensagens natalinas. Encontra-se a figura do Papai Noel em todo lugar, o que para muitas crianças é um momento de magia, de colocar em prática a imaginação.
Você sabe qual a hora de contar para o seu filho que o bom velhinho não existe? Veja como lidar com a crença, com as dúvidas e o amadurecimento dos pequenos em relação aos personagens do imaginário.
Contar ou não contar?
Para Lisiane Rech, psicóloga e terapeuta de família, acreditar em Papai Noel é saudável para o imaginário da criança, pois é na infância que se aprende a simbolizar. Ele é um símbolo da capacidade de fantasiar, que ajudará a desenvolver o lado criativo no futuro.
“A magia do Natal é uma das fases mais bonitas da infância. É muito importante valorizar esse período da vida e os pais têm o papel de incentivar o lado da fantasia nos filhos”, explica.
Segundo a profissional, não existe uma idade exata para falar sobre a existência da figura do bom velhinho. De acordo com Lisiane, com o passar do tempo, as crianças se apropriam da imagem e aos poucos se perguntam: será que Papai Noel existe?
Tal processo acontece devido ao desenvolvimento cognitivo, de modo que percebam “furos” nas histórias naturalmente. Entretanto, a psicóloga aconselha os pais a deixarem que a criança faça suas descobertas por conta própria, sem antecipar etapas.
Além disso, a profissional destaca que a família tem papel fundamental para apoiar e valorizar essa fase. Através de atividades do dia a dia, como visitar o Papai Noel do shopping, contar histórias e até mesmo escrever uma carta ao personagem. Segundo Lisiane, são gestos que ajudam a criança a acreditar na figura e a construir a magia do Natal.
A psicóloga alerta que deve-se evitar contar que o personagem não existe quando o pequeno ainda não se mostra pronto.
“Deixe que seu filho pergunte. Se você perceber que ele não está preparado para descobrir a veracidade do bom velhinho, espere, pois pode gerar frustração caso descubra antes da hora. É importante entender o motivo das perguntas e aí sim contar a verdade”, exemplifica.
O lado bom de acreditar em Papai Noel
A psicóloga afirma que a crença no Papai Noel começa por volta dos 2 anos de idade e dura geralmente até os 7.
“A maioria quando inicia a fase escolar deixa de acreditar porque alcança um desenvolvimento cognitivo concreto que faz com que saia do mundo da fantasia. Mas claro que cada criança tem o seu tempo. O importante é deixar que ela faça essas descobertas e que o adulto a apoie nesse processo”, salienta.
Lisiane lembra os pontos positivos da crença em personagens imaginários, como quando os adultos ajudam a criar a imagem do Papai Noel com a criança, através de desenhos, incentivando o pedido de presente, dizendo que ele visita quando todos dormem, por exemplo.
“Cada família cria o seu ritual de Natal e ajuda a florescer a fantasia da criança. A crença é uma experiência alegre e de sonhos, e para sonhar não existem limites”, ressalta.
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