Provavelmente você usa expressões populares e gírias a todo o momento, mas sabe o que elas realmente significam? A maioria não faz sentido algum quando analisada literalmente. Muitas vezes elas nascem de eventos históricos, lendas, figuras importantes, religião ou algum fato importante.
A história por trás das expressões populares
Boa parte das expressões populares que você conhece desde criança surgiram há muito tempo. Quando analisadas em seu contexto, elas fazem ainda mais sentidos e até ganham novas interpretações. É o que você confere na lista a seguir.
- Quebrar o gelo: para iniciar um projeto ou iniciar uma amizade
Quando ainda não havia trens, carros e aviões, eram as cidades portuárias as que mais prosperavam no comércio. Ocorre que elas sofriam muito no inverno, porque os rios congelados impediam que navios ingressassem nos portos.
Para superar essa dificuldade, havia pequenos navios conhecidos como quebra-gelos, que resgatavam os demais e criavam um caminho a seguir. Foi aí que nasceu a expressão.
- O gato comeu sua língua: uma pessoa está muito quieta
Há duas versões para esse ditado comum. Acredita-se que ela se refere a um chicote chamado gato de nove caudas, usado pela marinha inglesa para flagelação. Ele causava tanta dor às vítimas que elas sequer conseguiam falar.
Porém, há quem acredite que, na verdade, ela faz alusão à antiga prática de cortar as línguas de mentirosos e blasfemadores, usando-as para alimentar os gatos.
- Lágrimas de crocodilo: descrever uma exibição de tristeza superficial ou falsa
Essa expressão deriva da crença medieval de que crocodilos derramam lágrimas de tristeza enquanto matam e consomem suas presas. Trata-se de um mito que remonta ao século 14 e consta em um livro chamado As Viagens de Sir John Mandeville.
Embora sem amparo científico, o relato de Mandeville de répteis chorando encontrou eco em obras de Shakespeare, e as lágrimas de crocodilo tornaram-se uma expressão famosa.
- Latindo para a árvore errada: ter pensamentos equivocados sobre um evento ou situação, uma pista falsa
Refere-se aos cães de caça que perseguem presas em uma árvore. Os cães ladram, assumindo que a presa ainda está na árvore, quando em realidade já não está mais lá há algum tempo.
- Sangue azul: para se referir à classe alta
Por muitos séculos, os árabes ocuparam a Espanha, mas foram gradualmente forçados a sair. Dessa forma, a classe alta do país tinha pele mais pálida que a maioria da população – já que seus antepassados não tinham descendência árabe.
Nesse contexto, o sangue correndo nas veias era mais visível na alta classe espanhola, a partir das tonalidades entre o azul e o roxo que as veias assumem quando vistas de fora.
- Sem rodeios: evitar um tema ou questão de uma forma indireta, chegando ao ponto muito lentamente
Quando os nobres saíam para caçar, costumavam levar jovens assistentes para chamar a atenção de animais escondidos na vegetação rasteira. Geralmente eles faziam isso batendo em um arbusto ou fazendo barulho com uma placa e um pedaço de pau.
Como muitas vezes eram animais perigosos que se encontravam por ali, os assistentes ficavam com medo e rodeavam o mato – adiando sua responsabilidade para evitar algum machucado.
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