O orgasmo não é necessariamente a parte mais importante de uma relação sexual, mas a condição de anorgásmica pode afetar a autoestima. Se você está passando por isso, saiba que não está sozinha: a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) estima que o problema atinja entre 15% e 30% das mulheres no Brasil.
A anorgasmia é caracterizada pela dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que haja interesse sexual. A condição é muito mais comum entre mulheres que, conforme indicam estudos, representam entre 50% e 70% dos casos. Isso quer dizer que a excitação e o desejo existem, mas algo os bloqueia na hora do clímax.
Como descobrir se você é anorgásmica
Inicialmente, é necessário entender que a anorgasmia pode ter origem física, hormonal ou emocional. A questão orgânica, que causaria a condição de anorgásmica à mulher por conta de doenças, disfunções hormonais ou má-formação congênita é rara: representa apenas 5% dos casos.
Isso significa que ela ocorre, principalmente, devido aos fatores psicossociais. Nesta categoria, a dificuldade de atingir o orgasmo pode estar ligada a questões como medo de engravidar ou de ser abandonada, falta de intimidade com o próprio corpo ou o do parceiro, exigência em excesso consigo mesma, experiências traumáticas e tensão corporal.
A lista não para por aí: crendices, falta de informação, tabus, baixa autoestima, depressão e ansiedade também podem ter ligação direta com o quadro de anorgasmia. Como esses problemas representam 95% das ocorrências, pode-se dizer que é bem provável que você não seja anorgásmica, mas sim que está passando por um período difícil.
Uma alternativa para descobrir se por trás do problema estão fatores orgânicos ou psicológicos é o autoconhecimento, uma prática sugerida pelos médicos. A masturbação pode ajudar verificar o que você realmente gosta e o que não agrada. Assim, a autoestima é resgatada.
Tratamento da anorgasmia
O primeiro passo para o tratamento da anorgasmia é fazer uma leitura do conflito por trás da disfunção. Uma simples consulta médica pode ajudar a descobrir se há alguma dificuldade emocional ou psicológica relacionada a ela – ou se o problema é inteiramente físico.
Quando os aspectos psicológicos forem confirmados como causa, o trabalho consiste em combater a ansiedade, desmistificar crenças falsas e estimular a autoestima, para que a mulher possa liberar suas emoções e viver a espontaneidade do prazer. Isso sem sentir a obrigação de ter um orgasmo.
Tal processo pode ser realizado de duas diferentes formas. A primeira se dá por meio da terapia individual, que estimula o autoconhecimento e, consequentemente, torna possível construir novas perspectivas. Ao descobrir as causas por trás da anorgasmia é muito mais fácil acabar com o incômodo.
Outra alternativa é a terapia de casal. Ela tem por objetivo estimular a comunicação entre os parceiros e permitir que eles descubram como a interação na vida cotidiana reflete na dinâmica sexual. Com essas respostas, o caminho até o orgasmo é facilitado e se torna muito mais tangível.
Gostou das dicas? Conseguiu esclarecer suas dúvidas sobre anorgasmia? Deixe um comentário. Também aproveite para conferir mais artigos sobre sexo que o Doutíssima traz para você.