Relato de mãe: Encontrar o equilíbrio? Só se for fazendo Yoga!

Se tem uma coisa que tem me tirado o sono é a tal busca de um equilíbrio na vida depois da maternidade. Acho que esse tal equilíbrio fugiu com a placenta!

Abrir mão de uma tarefa intelectual remunerada e que me dá prazer para atuar como uma mãe que quer que o filho receba a melhor educação e carinho que só eu posso dar esta gerando um conflito sem fim dentro de mim.

Se me perguntarem qual meu ideal de vida perfeita hoje, eu diria, não surtar! Essa constante busca pela vida perfeita, diga-se, maternidade, carreira profissional e casamento em equilíbrio parece longe de ser possível.

A um certo ponto a maternidade além de amar, cuidar e acolher se torna uma lista interminável de tarefas que me deixa exausta física e mentalmente. Você mal acaba de cumprir uma tarefa tem outra na fila e é capaz de ir dormir com outras tantas por fazer. Não é exagero dizer que tem dias que acho que vou ter um colapso. Por quê? Porque para mim é um contra-senso lutar tanto para fazer uma faculdade, me dedicar a construir uma carreira profissional e com a chegada da maternidade ter medo de todo esse esforço ter sido em vão pelo simples motivo de achar tão difícil delegar ao outro, seja escolinha ou babá, a tarefa de cuidar do meu filho durante uma quantidade significativa de horas do dia.

Ocupada

Esse conflito trabalho-família poderia ser facilmente resolvido com horários de trabalho mais flexíveis, onde governo e empresas dessem importância ao convívio familiar como em muitos países desenvolvidos. Mas seguindo a tradição brasileira de se posicionar mal em rankings mundiais, estamos em 28º lugar no ranking global de empresas que se destacam por permitir que os funcionários tenham horários flexíveis, sejam eles pais ou mães.

Basta uma procura rápida na internet para constatar uma quantidade até que grande de estudos que comprovam os malefícios para as crianças de uma quantidade grande de horas semanais longe dos pais, com o agravante de que uma grande maioria desses pais chegam exaustos do trabalhos para se mostrar os verdadeiros educadores. Junta-se aos dados a triste realidade de vivermos em um país cujas políticas públicas se contentam em nos oferecer a licença maternidade, sendo assim, não temos a quem recorrer a não ser a crença de estarmos fazendo a escolha certa.

E já que o cenário não é favorável para nós mães que gostariam de conciliar profissão e maternidade de maneira plena, nos resta 2 saídas, trabalhar exaustivamente fora e rezar para que nossos filhos estejam protegidos ou trabalhar exaustivamente em casa de olho nos neles, cada qual com seus prós e contras, sem culpa e principalmente sem deixar que a nossa escolha afete o nosso equilíbrio mais importante, o mental.

Maryam Morandi

Ela é a mãe-brother do Luca. Muito moderninha e sempre ligada nas novidades do mundo infantil, ela tenta conviver com seu filho e sua família nesse mundo cheio de informação e ligado no 220 sem perder a magia dos tempos antigos, onde a fantasia era nosso maior tesouro. Apaixonada pela vida, sua família e seu trabalho, ela compartilha aqui suas aventuras com mamães e papais como você!

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