Fertilidade

Infertilidade masculina: mitos e verdades

Por Redação Doutíssima 10/01/2014

Há muitas dúvidas que permeiam a questão da infertilidade masculina. As estimativas apontam que cerca de 15% dos casais que desejam ter filhos encontram, no caminho, alguma disfunção relativa à fertilidade. Mas, atualmente, há formas de controlar o problema e garantir a gravidez.

Por muitos anos, a infertilidade foi apontada como um problema das mulheres. Se o casal não conseguia gerar filhos, a mulher era considerada infértil. Com o avanço da medicina, entretanto, foi possível averiguar que a causa pode ser também masculina, por conta da produção de espermatozoides.

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Doenças e hábitos de vida ruins podem influenciar na produção de espermatozoides. Foto: iStock, Getty Images

Entenda as causas da infertilidade masculina

A infertilidade masculina pode ter não uma, mas sim várias causas. A principal doença que ocasiona o problema chama-se varicocele. Ela acomete os vasos testiculares, reduzindo o potencial fértil dos homens. Segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), 45% dos problemas de fertilidade primários são causados por ela.

Há, ainda, outros fatores que podem reduzir a quantidade e a qualidade dos espermatozoides. Doenças como a fibrose cística ou disfunções hormonais, por exemplo, acabam interferindo na produção e na saída dos espermatozoides.

Além disso, hábitos de vida ruins também influenciam negativamente na formação dos espermatozoides. O tabagismo, o uso de drogas como maconha e cocaína, a má alimentação e o uso de anabolizantes contribuem para a condição.

Acredita-se que a idade seja, igualmente, um fator relacionado à infertilidade masculina. Quanto mais avançada a idade do homem, mais alterações ocorrem na produção e na qualidade dos espermatozoides. Isso pode dificultar a gravidez ou, até mesmo, gerar complicações na formação do embrião.

Principais tratamentos da infertilidade masculina

Para detectar os problemas relacionados à dificuldade de ter filhos, é necessário que a mulher e o homem se submetam aos exames necessários. É preciso compreender que esse obstáculo deve ser enfrentado em conjunto pelo casal. Ninguém deve ser “culpado” pela situação.

Os homens precisam se submeter a, pelo menos, dois exames. Primeiramente, ao exame físico, que vai detectar se não há problemas físicos que possam estar contribuindo para a falta de fertilidade. Em seguida, há o espermograma, cujo propósito é verificar se os espermatozoides estão sendo produzidos, e a quantidade exata dessa produção.

Diante do diagnóstico, é importante que o homem não se sinta incapaz sexualmente. Procurar manter a autoestima pode ajudar no tratamento. Também não é preciso se desesperar, pois atualmente há várias opções que podem garantir a gravidez do casal.

O tratamento varia de caso a caso. A inseminação artificial é indicada se o número de espermatozoides produzidos fica em torno de seis milhões, quando o ideal são cerca de 20 milhões por cada mililitro de esperma. Nesse procedimento, os espermatozoides são injetados diretamente dentro da cavidade uterina.

Já se o número de espermatozoides estiver abaixo de cinco milhões, o ideal é recorrer à fertilização in-vitro. Nesse caso, os espermatozoides são colocados em contato com o oócito feminino (células que dão origem ao óvulo) e, depois da fecundação, são transferidos para o útero.

Ambas as opções aumentam em cerca de 40% as chances de gravidez, embora essa porcentagem possa variar. O mais importante é que o casal se mantenha confiante e não desanime diante da dificuldade, pois atualmente a infertilidade não é mais sinônimo da impossibilidade de gravidez.

 

 

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