Diabetes é um fardo pesado para o doente, para o sistema de saúde e a sociedade. Pesquisas apontam que, na próxima década, as taxas da doença aumentarão, contudo, ela pode ser prevenida, cuidada e controlada, ou ainda ter o risco diminuído por meio de várias intervenções de saúde e estilo de vida, incluindo a fisioterapia.
Os fisioterapeutas serão capazes de administrar o tratamento para diabetes do tipo 2. Esses mesmos profissionais poderão aconselhar os pacientes sobre exercícios apropriados e eficazes, condicionamento físico e uma vida ativa e saudável.
Curiosidades sobre o diabetes:
– Mais de 217.000 pessoas vivem com diabetes – ou 1 em cada 20 indivíduos;
– Diabetes é duas vezes mais comum entre a população indígena;
– Os adultos com diabetes visitam os médicos ou especialistas 2 a 3 vezes mais frequentemente do que os não-diabéticos. Eles também estão 2 vezes mais propensos a ter um ataque cardíaco e 3 vezes mais predispostos a um acidente vascular cerebral do que os não-diabéticos;
– A atividade física consiste em um tratamento para diabetes, fundamental para prevenir e conduzir o tipo 2 da doença. Trinta minutos de exercícios moderados por dia e uma redução de 5 a 7% do peso corporal reduzem o risco de diabetes tipo 2 em 58% (e em 71% para aqueles com mais de 60 anos de idade);
– Os benefícios da atividade física em pacientes em tratamento para diabetes tipo 2 inclui um melhor controle glicêmico, redução de complicações cardiovasculares e uma diminuição de 30 a 50% em mortalidade;
– Programas supervisionados de atividade física são mais eficazes do que um aconselhamento geral sobre o exercício, a prática em casa ou treinos de flexibilidade;
– Complicações, incluindo a doença cardiovascular, obesidade, dores articulares, neuropatias, lesões na pele e amputação, apresentam obstáculos à atividade física regular.
Como a fisioterapia ajuda no tratamento para diabetes?
A resposta está na indicação de um exercício seguro e efetivo, já que muitos diabéticos estão acima do peso e apresentam problemas articulares e cardiovasculares. No tratamento para diabetes, o fisioterapeuta deve recomendar atividades aeróbicas de resistência e movimentos que considera importantes, além de evitar aqueles que podem prejudicar o paciente, de acordo com a sua condição de saúde. O profissional também ensinará treinos específicos para melhorar a função e o controle glicêmico, aliados à terapia manual, com o objetivo de atingir problemas comuns aos doentes.
Fornecer ajuda, além da atividade física
O tratamento para diabetes também passa por outras áreas diferentes da atividade física especificamente, embora estejam diretamente relacionadas. A gestão da pele, por exemplo, consiste em aconselhar os pacientes sobre a sua epiderme/ferida (como uma úlcera) e orientá-lo quanto aos cuidados que devem ser tomados, evitando pontos de pressão e localizando indícios de problemas.
O manejo da dor é outra função que o fisioterapeuta pode assumir, uma vez que os diabéticos sofrem frequentemente com o comprometimento do nervo. A estimulação elétrica, a dessensibilização sensorial e os exercícios direcionados ajudarão a controlar o incômodo, deixando o paciente livre para a prática de atividade física.
No tratamento para diabetes, a promoção da saúde é essencial e envolve a prevenção da doença, incluindo a atividade física e programas de alimentação saudável para todas as idades, a remoção de alimentos com alto teor de açúcar e bebidas a partir das escolas, a rotulagem de alimentos adequados e a cessação do tabagismo.
Cuidados com os pés são essenciais
A pessoa com diabetes está propensa à perda de sensibilidade. É comum se machucar e não saber onde, pois não teve a resposta dolorosa enviada ao cérebro corretamente. Problemas circulatórios podem retardar o processo de cicatrização e a consequência é o surgimento de lesões de difícil tratamento, por isso, o cuidado com os pés é essencial.
Normalmente, o diabético só se dá conta da lesão já em estágio adiantado, o que torna o tratamento extremamente difícil, devido à insuficiência circulatória. As alterações que o diabete mellitus podem causar no organismo são numerosas – no estágio mais avançado, pode ocorrer amputação de membros, como perna, tornozelo e pés.
Bolhas, perda de sensibilidade, junto com sapatos mal ajustadas, podem causar ulceração, por isso, o fisioterapeuta deve aconselhar o paciente sobre o calçado mais adequado para aliviar a pressão sobre nos pés.
A fisioterapia vai orientar de forma correta os exercícios e cuidados que o diabético deverá ter para melhorar tanto a circulação do sangue quanto a sensibilidade, a fim de evitar essas complicações.
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