A pericardite consiste na inflamação do pericárdio, que é uma espécie de bolsa que envolve o coração e a raiz dos grandes vasos, composta por duas estruturas pouco distensíveis, uma externa fibrosa e outra interna serosa.
O pericárdio tem como função principal manter o coração em funcionamento, impedindo que este importante órgão se encha de sangue, além de sua capacidade de ser uma barreira contra infecções.
A pericardite pode se manifestar de duas formas: aguda ou crônica. A aguda é caracterizada pela inflamação repentina do pericárdio e dura, em média, duas semanas. Já a pericardite crônica tem inicio gradual e persiste durante um tempo maior
O que causa a pericardite
A pericardite geralmente é resultado de uma complicação de infecções virais, mais comumente ECHO vírus ou Coxsackie. Com menos frequência, ela é causada por gripe ou infecção pelo HIV, o vírus do AIDS. Infecções com bactérias podem levar à pericardite bacteriana (também chamada pericardite purulenta). Algumas infecções fúngicas também podem causar a doença.
Além disso, a patologia pode estar associada a doenças como câncer, inclusive leucemia, hipotireoidismo, insuficiência renal, febre reumática, AIDS e tuberculose. Outras causas incluem ataque cardíaco, trauma no tórax, esôfago ou coração, medicamentos que suprem o sistema imunológico, miocardite e radioterapia no tórax.
A pericardite ocorre com mais frequência em homens dos 20 aos 50 anos de idade e, geralmente, se manifesta após infecções respiratórias.
Sintomas
Os principais sintomas da pericardite são a ansiedade, a dificuldade de respirar ao se deitar, a tosse seca, o cansaço, a febre e a dor aguda – localizada no centro ou do lado esquerdo do tórax, podendo irradiar para o pescoço, ombros e braços. Às vezes, a doença também pode causar inchaço nos tornozelos, nos pés e nas pernas.
O diagnostico da pericardite deve ser feito pelo histórico clínico do paciente ou por exame físico, levando em conta os sons anormais nas escutas cardíacas e pulmonares. Alguns exames complementares como a radiografia do tórax, o eletrocardiograma, ecografia cardíaca e os exames laboratoriais, tais como hemograma completo, podem complementar o diagnóstico.
Tratamento para a pericardite
Para o tratamento da pericardite em casos leves, os médicos costumam receitar analgésicos para a dor e antibióticos para a pericardite bacteriana, além de medicamentos antifúngicos para pericardite fúngica, entre outros tipos de fármacos.
Se o paciente não apresentar complicações, ele poderá fazer o tratamento oral em casa, devendo, contudo, evitar esforços. Pacientes com pericardite e derrame pericárdico de moderada gravidade, ou aqueles que apresentam alguma doença grave associada, necessitam ser internados.
Se o acúmulo de líquido no pericárdio tornar o funcionamento do coração insuficiente ou produzir tamponamento cardíaco, é necessário drenar o líquido do saco. Esse procedimento, chamado pericardiocentese, pode ser feito usando uma agulha guiada por ecocardiograma ou uma pequena cirurgia. Se a pericardite for crônica, recorrente ou causar pericardite constritiva, pode ser recomendado o corte ou a remoção de parte do pericárdio.
A evolução da pericardite depende da sua causa. Os casos mais simples recuperam-se em poucos meses. Já os casos mais graves da doença podem ser muito duradouros ou mesmo levar o paciente ao óbito.
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