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Pílula do dia seguinte pode trazer mais riscos do que benefícios

Por Redação Doutíssima 20/05/2014

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo extremo que não possui indicação médica para ser utilizado com frequência. As doses hormonais da pílula são muito grandes e o seu uso contínuo interfere diretamente no sistema do usuário, gerando efeitos colaterais. Este método foi criado para ser utilizado apenas em casos de emergência.

O mercado hoje disponibiliza duas versões da pílula do dia seguinte: uma de 1,5mg e outra que é composta por dois comprimidos de 0,75mg. Ambas contém uma grande quantidade de hormônio, logo, não há como identificar qual seria “a melhor e a pior”.

Pílula não possui indicação médica para ser utilizada com frequência. Foto: Shutterstock

Pílula não possui indicação médica para ser utilizada com frequência. Foto: Shutterstock

Quando tomar a pílula do dia seguinte

Se o preservativo “estourou” ou houve relação sem camisinha e você deseja evitar uma gravidez indesejada, é preciso tomar a pílula do dia seguinte – o que deve ser feito em até 72 horas depois do ato sexual. Já a que vem dividida em duas partes deve ser tomada logo após o ato e a outra parte após 12 horas. Quanto mais perto das 72 horas de prazo a pílula for ingerida, mais incerto acaba sendo a eficácia da sua utilização.

A pílula do dia seguinte não é considerada uma prevenção ou tratamento contraceptivo, então, sua margem de erro gira em torno de 5%. Logo, uma mulher que tomou a pílula pode, mesmo assim, acabar engravidando.

Como age a pílula

A ação do levonogestrel (composto presente na pílula do dia seguinte) inibe ou retarda a ovulação, porém, isso não quer dizer que seja 100% seguro. Primeiro, por que o corpo não está preparado para esse tipo de dosagem hormonal. Se a pílula do dia seguinte for ingerida depois da formação do feto, ela pode causar hemorragia e aborto, ambos muito perigosos para a saúde da mulher.

Ainda focado na ação da grande quantidade de hormônios, os efeitos colaterais (mesmo do uso esporádico) podem ser: náuseas, dores de cabeça, alteração no ciclo menstrual, dores no corpo, diarreia e vômito.

Efeitos da pílula

O efeito da pílula do dia seguinte, assim como tantos outros medicamentos, pode variar se aliada ao consumo de álcool, drogas ou tabaco. Essa mistura tende a potencializar os níveis de estrogênio no corpo, estreitando e contraindo os vasos sanguíneos, aumentando o risco de acidentes vasculares cerebrais e de trombose.

Mesmo que não haja idade mínima para tomar o medicamento, é importante estar atento quando decidir ingeri-lo. Ele é contraindicado para pessoas que sofram de hipertensão, doenças do sangue, problemas vasculares ou que tenham obesidade mórbida. Não quer dizer que a pílula do dia seguinte vá gerar algum tipo de efeito colateral diferente, apenas explica que a chance de insucesso do medicamento é muito maior nesses casos.

Ainda é importante frisar que o uso contínuo da pílula do dia seguinte pode causar infertilidade. Além disso, pela descarga muito grande de hormônios, é possível que o corpo desenvolva uma gravidez ectopica (nas trompas) ou que classifique o método como algum comum, acabando com as chances de evitar uma gravidez.

Se usada com frequência ou mais de uma vez em um curto período de tempo, a pílula do dia seguinte também pode influenciar em toda a cadeia e funcionamento do aparelho reprodutor feminino.

 

 

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