Quando o horário de verão começa, não é só o sol que passa a se pôr mais tarde, mas também há mudanças em nosso relógio biológico. Nessa fase do ano, o nosso corpo demora a se acostumar com as mudanças provocadas pela troca de horário.
Isto ocorre porque o relógio biológico de cada pessoa, que está acostumado com o dia de 24 horas, estranha quando ele tem apenas 23 – o que ocorre no primeiro dia do horário de verão. Com isto, nosso organismo não sente fome ou sono nas horas em que deveria, causando dificuldade para acordar, falta de sono à noite e perda de apetite.
Com o impacto no relógio biológico, o organismo não consegue realizar síntese dos hormônios de crescimento e do cortisol de forma adequada, visto que este processo ocorre enquanto dormimos.
O resultado é cansaço, a dificuldade de raciocínio e um grau incomum de ansiedade, de modo a interferir na realização de tarefas do cotidiano. Isto leva a problemas como déficit de atenção, acidentes de trânsito, discussões no trabalho, indisposição física, irritabilidade e sonolência.
De forma geral, o corpo consegue se adaptar ao novo horário entre três e sete dias após o início do horário de verão. No entanto, algumas pessoas sofrem um efeito mais grave, com muita intensidade, o que exige a adoção de algumas mudanças na rotina.
Adaptando o relógio biológico
Para adaptar o seu relógio biológico com o horário de verão, amenizando os efeitos destas alterações no seu organismo, você deve imprimir algumas mudanças no seu dia a dia. A primeira é mudar o horário de dormir. O ideal é que você se deite para dormir uma hora mais tarde.
A melhor forma de organizar o sono é seguir o novo horário e obrigar o organismo a se adaptar a essa mudança. Esta adaptação pode ser feita, inclusive, antes do início do horário de verão. Dormir e acordar dez minutos mais tarde a cada dia da semana que antecede o novo horário prepara lentamente o cérebro e seu relógio biológico para a mudança.
Cuidados especiais
As pessoas que praticam atividade física devem reduzir os exercícios na primeira semana do horário de verão para que o organismo se adapte às mudanças mais básicas, como controle de temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e regulação do sono.
A alimentação deve ser leve e de fácil digestão para não sobrecarregar o organismo e cuidar do seu relógio biológico. Com a troca de horários, o corpo precisa se adaptar, o que exige dele mais energia para completar as atividades do dia.
Nos primeiros dias do horário de verão, também é recomendado dormir com as janelas abertas. Assim, a luz do sol ajuda o corpo a reconhecer que o dia amanheceu, fazendo com que o despertar seja mais tranquilo. É importante ainda manter o corpo hidratado, pois, desta forma, ele se mantêm com energia, evitando a sensação de cansaço.
Para quem pensa que tirar um cochilo no meio da tarde ajuda o corpo a se acostumar com o novo horário, está enganado. A medida é prejudicial para o organismo. Mesmo que o corpo esteja cansado, o ideal é reservar o sono e dormir apenas no horário habitual, ajudando o relógio biológico a se acostumar à nova rotina.
Por fim, quem sofre com os efeitos do horário de verão também deve evitar compromissos noturnos na primeira semana, pois isto só irá dificultar o processo de adaptação do relógio biológico.
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