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Má qualidade do sono pode estar relacionada à demência

Por Redação Doutíssima 05/06/2014

Demência é a perda ou a redução progressiva das capacidades cognitivas, o que ocorre de forma parcial ou completa. Pode se considerar que a demência é a perda da função cerebral que ocorre com determinadas doenças. A demência afeta a memória, o raciocínio, a linguagem, o juízo e também o comportamento.

A maioria dos tipos de demência é irreversível, ou seja, as alterações no cérebro que estão provocando a demência não podem ser interrompidas ou mesmo desfeitas. O mal de Alzheimer é o tipo mais comum de demência.

Pessoas que dormem poucas horas possuem maior chance de desenvolver a demência. Foto: Shutterstock

Pessoas que dormem poucas horas possuem maior chance de desenvolver a demência. Foto: Shutterstock

Estudos comprovam que as pessoas que dormem poucas horas por noite possuem maior chance de desenvolver algum tipo de demência. Há o entendimento na classe científica de que dormir mais ou menos que o recomendado equivale a dois anos a mais de envelhecimento cognitivo.

As pesquisas também mostram que as mulheres que dormem sete horas por dia no início, mas que depois mudaram o seu comportamento de sono, também apresentaram declínio cognitivo.

As principais doenças que podem levar à demência são o mal de Parkinson, a esclerose múltipla, a doença de Huntington, a doença de Pick, a paralisia supranuclear progressiva e infecções que podem afetar o cérebro, como a AIDS e a doença de Lyme. Pequenos derrames também podem provocar demência, a qual, neste caso, é chamada de demência vascular.

Como identificar a demência

Geralmente, a demência ocorre em pessoas mais velhas, com mais de 60 anos. Entre os principais sintomas da doença, podemos citar dificuldades em muitas áreas da função mental, como linguagem, memória, percepção, comportamento emocional ou personalidade e capacidades cognitivas (como cálculo, pensamento abstrato ou capacidade de julgamento). Normalmente, o primeiro sintoma a aparecer é o esquecimento.

De forma geral, quando uma pessoa se encontra no estágio inicial da demência, ela começa a perder itens, se perder em caminhos familiares, entre outros sintomas, como alterações de personalidade e perda das habilidades sociais, perda de interesse em coisas de que gostava antes, falta de ânimo e dificuldade de realizar tarefas que exigem algum raciocínio, mas que antes eram feitas com facilidade.

À medida que a demência avança, os sintomas se tornam mais óbvios e interferem na capacidade da pessoa cuidar de si mesma. O indivíduo que possui demência severa não consegue compreender o que as pessoas falam, não reconhece os familiares e não consegue executar atividades básicas, como se alimentar e tomar banho.

Diagnóstico e tratamento

Infelizmente, as doenças que causam a demência não têm cura. O objetivo do tratamento é diminuir os sintomas e ele depende muito da doença que esteja causando a demência.

Dependendo do estágio da demência, algumas pessoas precisam ser internadas por um curto período de tempo. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos para controlar os problemas comportamentais causados pela perda da capacidade de julgamento, maior impulsividade e confusão.

A maioria das causas da demência não pode ser prevenida. O que a pessoa pode fazer é reduzir o risco de demência vascular, que é causada por uma série de pequenos derrames. Para tanto, deve parar de fumar e controlar a hipertensão arterial e o diabetes. Seguir uma dieta com pouca gordura e fazer exercícios regularmente também pode reduzir o risco de demência vascular.

 

 

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