Filhos

Ser pai: veja dicas para cumprir bem com o seu papel

Por Redação Doutíssima 09/08/2014

Aquela família em que o pai era apenas o provedor ficou definitivamente no passado. Ser pai hoje é ser participativo, é praticamente engravidar junto. Mas para cumprir bem esse papel, é preciso se dividir entre a vida profissional e o tempo em casa, além de reservar um momento para o lazer.

 

As atividades sociais dos pequenos também exigem tempo dos pais, junto com os cuidados com a saúde, a supervisão sobre com quem seu filho se relaciona e se as notas na escola vão bem. O segredo, porém, está nas coisas simples.

ser pai

A participação e o companheirismo são essenciais ao assumir o papel de pai. Foto: iStock, Getty Images

 

O que significa ser pai

Estar presente não significa estar do lado o tempo todo. Segundo a psicóloga Neila Amaral Machado, que trata famílias com psicanálise, o importante ainda é o amor. Quando a estrutura da família é forte, as crianças sentem. “Não é preciso estar 24 horas com ela, inclusive é preciso dar espaço até para a criança se desenvolver e criar”, lembra a psicóloga.

São comuns casos em que os filhos se dizem entediados, não sabem o que fazer e pedem a presença dos pais. Nesse caso, ser pai significa estimular a criatividade da criança com brincadeiras, ensinar a brincar com amigos e até mesmo sem ninguém.

Isso vai ajudar o pequeno a desenvolver suas próprias ideias. Além disso, é uma excelente alternativa para deixar aquelas atividades que preenchem o tempo livre de lado – e que não estimulam a criança.

Muitas vezes os pais tentam compensar ausências ou se culpam por não conseguirem sair do trabalho. Há ainda os que não sabem dizer não. Neila alerta que ser pai é também ensinar a lidar, desde cedo, com a frustração e dificuldades. Isso vai ajudar a criança a ter capacidade de resiliência. “Quando algo não for possível, converse, não há problema em dizer não”, explica.

Ser pai em tempos de redes sociais

Os meios mudam, mas certas necessidades sempre existiram e isso não vai mudar: os filhos vão se relacionar com outras pessoas e ser pai inclui estar atento, seja na vida real ou online.

“Há coisas que independe o recurso. Tem que saber com quem seu filho está falando, quem são os pais, e tem que conhecer o meio”, alerta.

Esse é um ponto muito importante no relacionamento entre pais e filhos. Afinal, conforme um levantamento realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação em 2013, 79% dos usuários entre nove e 17 anos possuem conta em alguma rede social.

Além disso, 38% das crianças e adolescentes entre 11 e  17 anos adicionaram pessoas que não conheciam pessoalmente nas redes sociais. Por isso, a importância de conversar com os filhos sobre o uso da internet e seus possíveis riscos.

De acordo com a psicóloga, muitas vezes os pais dão tablets ou celulares sem conhecer seu potencial. Assim, ser pai não é apenas comprar o aparelho, é preciso saber usar e orientar o filho para que reconheça ameaças, como convites de desconhecidos, antes de criar uma conta em rede social. E seguir monitorando, como vai sempre fazer na vida real.

 

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