Muitos especialistas indicam que nenhum olho é perfeito. Isso porque a maioria das pessoas possui um problema ou outro em sua visão, alguns mais simples e outros muito mais sérios. Um deles é o astigmatismo, que muitas vezes anda de mãos dadas com outros problemas de visão, como a miopia ou a hipermetropia.
Astigmatismo não é doença
Problemas como o astigmatismo são, na verdade, erros de refração: não são uma doença ou problema de saúde ocular, mas simplesmente um problema com a forma como o olho focaliza a luz.
Em um olho com astigmatismo, a luz não consegue chegar a um único foco na retina para produzir uma visão clara. Em vez disso, múltiplos pontos de focagem podem ocorrer, quer na frente da retina ou por trás dela – ou então em ambos os locais.
Tratamento para o astigmatismo
Existem muitas formas de tratar o astigmatismo. Segundo o oftalmologista Dr. Richard Yudi Hida, a cirurgia é indicada para o paciente que quer ser independente do uso dos óculos ou das lentes de contato. Para a correção cirúrgica, existem basicamente dois tipos de procedimentos: a PRK (Photorefractive Keratectomy) e LASIK.
“Este último realiza um corte manual no epitélio chamado de lamela ou ‘flap’. O cirurgião esculpe o interior da córnea com o laser para eliminar o grau e recoloca o ‘flap’ no lugar. Já o PRK consiste na raspagem do epitélio, camada externa da córnea, para posteriormente ser aplicado o laser”, explica o médico.
Apesar de usarem técnicas diferentes, os dois tipos de procedimento cirúrgicos têm basicamente o mesmo resultado. “O LASIK é mais confortável e a recuperação da visão é mais rápida. No entanto, O PRK tem como vantagem o alto nível de segurança, sendo utilizado principalmente para a correção de baixos a moderados graus de miopia e astigmatismo” diferencia o Dr. Richard.
Para quem quer acabar com o astigmatismo por meio da realização de cirurgia, é sempre necessário saber que, mesmo sendo um procedimento simples, é possível haver alguns riscos.
“Todo o procedimento cirúrgico apresenta risco de infecções e outras complicações. Tais riscos são minimizados pelos cuidados envolvidos na preparação do paciente e na hora da cirurgia. Desde que o paciente seja avaliado por profissionais qualificados, a chance da cirurgia ser bem sucedida é bastante alta”, alerta o oftalmologista Richard Yudi Hida.
Outras soluções
Se você tem menos de 21 anos, não deve fazer uma cirurgia corretiva de qualquer tipo. Isso porque sua visão ainda pode mudar bastante, e não é prudente alterar estruturas dos olhos nesta fase da vida. Além disso, se você tem qualquer condição de saúde, como diabetes ou alguma doença que afeta o seu sistema imunológico, o método cirúrgico não é o indicado.
Nestes casos, qualquer grau de astigmatismo pode ser corrigido com óculos ou lentes de contato. Para uma pessoa com apenas um ligeiro grau, lentes corretivas podem não ser necessárias. Se o astigmatismo é de moderado a alto, no entanto, as lentes corretivas são indicadas pelo oftalmologista conforme a necessidade de cada paciente.
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