O joanete é um problema que afeta principalmente as mulheres com idade a partir de 30 anos. Trata-se de uma espécie de calo provocado pelo desvio no primeiro osso do pé, em que o dedão aponta para os outros dedos e não mantém seu direcionamento normal.
Ao contrário do que muita gente pensa, as causas do joanete ainda não são reconhecidas cientificamente. A única forma de corrigir a deformidade de forma irreversível é por meio da cirurgia de joanete.
Cirurgia de joanete não é recomendada para todos
Nem todos os casos de joanete recebem a indicação de cirurgia para corrigir o problema. Casos estéticos, em que a pessoa não sente dor, mas querem corrigir o problema para deixar o pé mais bonito, normalmente não são indicados para a cirurgia de joanete.
A grande maioria das pessoas afetadas apenas trata a doença de forma a amenizar as dores e prevenir que o quadro se agrave.
Isso acontece por orientação médica: é possível conviver com o joanete sem que a doença se torne um tormento com algumas alterações na rotina. Usar calçados confortáveis e evitar sapatos de bico fino costumam ser medidas eficazes para diminuir as dores.
Agora, quando a dor não cessa, ocorrem inflamações e o quadro se agrava, a cirurgia de joanete é recomendada. É importante saber que, se não for tratado, o joanete pode provocar dores que comprometem a marcha (forma de andar). As consequências podem ser graves, pois há risco da dor irradiar para as costas e ter diagnóstico difícil.
Como funciona a cirurgia de joanete
Existem mais de 100 técnicas cirúrgicas para a correção do joanete, de maneira que cada pé deve ser tratado de forma individual, sendo considerados o grau de deformidade e a idade do paciente, entre outros fatores.
O objetivo principal do tratamento cirúrgico é aliviar a dor do paciente, restaurando a articulação do osso e o alinhamento do dedo afetado pelo joanete.
A técnica de realinhamento articular com corte ósseo é uma das mais utilizadas hoje em dia. Consiste em redirecionar o primeiro dedo (Hallux) através de um corte ósseo e fixação com micro-parafusos que não interferem nas outras estruturas do pé e não precisam ser retirados posteriormente.
É utilizada anestesia geral ou pentabloqueio local, de forma que o paciente normalmente necessita de um dia de hospitalização.
Recuperação após a cirurgia
Após a cirurgia de joanete, o paciente é liberado para caminhar apenas com a utilização de uma sandália específica com apoio no calcanhar. Um curativo é feito na primeira semana e os pontos são retirados após 14 dias.
Podem ser realizados exames de raio-x para verificar o progresso da consolidação óssea e o realinhamento articular do dedo. Após 45 dias, o paciente é liberado para o uso de calçados de salto baixo. Sessões de fisioterapia podem ser necessárias para ajudar a diminuir o inchaço e ganhar movimento do dedo.
Mitos cercam o procedimento
A cirurgia de joanete ainda é vista com temor por boa parte das pessoas em virtude de seu histórico. Antigamente, o procedimento era difícil, doloroso e nem sempre eliminava totalmente o problema.
As técnicas utilizavam fios metálicos que permaneciam para fora ou sob a pele até serem retirados e o uso da bota de gesso era necessário. Atualmente, porém, as técnicas são mais precisas e menos invasivas, os instrumentais são mais apropriados e o índice de sucesso da cirurgia é muito próximo aos 100%.
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