Relacionamento

Relacionamento a três é difícil. Veja por quê

Por Redação Doutíssima 04/11/2014

Você já ouviu falar em poliamor? Essa é uma das maneiras de chamar um relacionamento a três, ou seja, a manutenção de relações afetivas simultâneas com mais de uma pessoa – com o consentimento de todos os envolvidos.

A verdade é que esse é um conceito que vem na esteira dos chamados relacionamentos abertos, que podem ser muito bacanas, em tese, para quem tem a mente aberta, mas cuja prática se revela bastante tormentosa e difícil.

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Em um relacionamento envolvendo três pessoas, deve haver consentimento. Foto: iStock, Getty Images

Você entraria em um relacionamento a três?

Normalmente, quem é adepto do relacionamento a três é contrário ao conceito de monogamia – e a partir da prática do poliamor, tenta mostrar que essa é uma alternativa viável. Essas pessoas enxergam efeitos positivos na prática, sobretudo na questão de que o que em outros tempos era feito às escondidas – leia-se infidelidade –, agora não precisa ser secreto e os envolvidos podem lidar com a situação de forma madura.

De todo modo, independente do motivo que possa ter levado você a se afeiçoar pelo relacionamento a três, antes de se aventurar nesse novo conceito relação é preciso responder uma pergunta determinante: você seria capaz de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Se você respondeu sim, alguns outros alertas são necessários antes de você tomar essa decisão tão drástica e embarcar nessa nova modalidade.

Não há exclusividade em um relacionamento a três

A primeira grande ressalva quanto ao relacionamento a três é que, aqui, não há exclusividade entre os parceiros. E como o ser humano desenvolve o sentimento de ciúmes por natureza, talvez seja muito difícil saber lidar com essa nova situação.

Realmente, o sentimento de ciúme é ínsito ao ser humano. Muitos pesquisadores e psicólogos entendem que a ausência desse sentimento não passa de uma ilusão – ou seja, em determinado momento ele certamente irá se revelar e isso pode causar grandes estragos em uma relação de poliamor.

É que a liberdade é uma das grandes máximas de quem é adepto desse tipo de relacionamento. E, a partir daí, muitos problemas podem surgir, como dúvidas e brigas. Muitos psicólogos entendem que manter um relacionamento a três é possível, mas que o sentimento envolvido não é tão profundo e sincero como num relacionamento convencional – ou seja, a dois.

Honestidade e sinceridade

A honestidade e a sinceridade devem estar presentes em todos os tipos de relacionamento, mas muitas vezes em situações menores acabamos deixando-as de lado, para evitar maiores atritos. No caso do relacionamento a três, isso não é possível.

De fato, no poliamor, todas as pessoas envolvidas conhecem a situação em que se encontram – e também quem é a terceira pessoa da relação. É diferente dos relacionamentos abertos tradicionais, em que, normalmente, fixam-se determinadas regras e, a partir daí, cada um dos participantes tem certas liberdades, as quais não precisa necessariamente levar a conhecimento do outro envolvido – e, além disso, não envolvem o sentimento de amor.