Incurável, a insuficiência renal crônica é uma doença progressiva que pode evoluir até a falência dos rins, provocando a morte do paciente. O agravamento da insuficiência renal crônica é lento, de forma que suas primeiras sequelas podem surgir meses e até anos depois do início do processo de degradação do órgão, com sério comprometimento.
O rim tem papel fundamental no aparelho urinário, já que é sua principal função remover resíduos e eliminar o excesso de água do metabolismo. A insuficiência renal crônica é sempre condição resultante de outra enfermidade que acomete o organismo. Existe uma lista extensa de patologias que podem levar à perda da função renal.
As mais frequentes são: diabetes; pressão alta; glomerulonefrite (inflamação das unidades funcionais dos rins onde acontece a filtragem do sangue – glomérulos); nefrite intersticial (túbulos renais); rim policístico e demais patologias congênitas.
Infecção pode ocasionar insuficiência renal crônica
Outras doenças que podem limitar o funcionamento dos rins são bloqueio prolongado do trato urinário; refluxo vesicoureteral (falha na ‘válvula anatômica’ que impede o retorno da urina para a uretra); pielonefrite (infecção repetitiva nos rins); patologias autoimunes; nefropatia de refluxo; anomalias nas artérias dos rins.
Certos fatores externos igualmente podem provocar o aparecimento da insuficiência renal crônica: lesões e traumas locais; consumo abusivo de analgésico e outras medicações; uso de substâncias químicas tóxicas. Tabagismo e histórico da disfunção na família são outros aspectos que podem influenciar no surgimento de incapacidade dos rins.
Em seus estágios iniciais, a insuficiência renal crônica pode não apresentar sintomas. Com a piora do quadro, a pessoa pode deparar-se com fadiga e mal-estar; prurido e ressecamento da pele; cefaleia; perda de peso não-intencional; falta de apetite e náuseas.
Outros sinais incluem: anormalidades na coloração da pele (que pode ficar escura ou clara demais); desconforto ósseo; confusão mental e sonolência; falhas no raciocínio; dormência nas extremidades do corpo; câimbras e espasmos musculares; hematomas pelo corpo e sangue nas fezes; queda na libido; inchaço; vômitos matinais e interrupção do ciclo menstrual.
O tratamento da insuficiência renal crônica é com medicações especiais que auxiliam no controle das taxas de fósforo na corrente sanguínea; medidas de combate à anemia, o que compreende a inclusão de ferro na dieta e suspensão da vitamina via oral e intravenosa, além de eventuais transfusões de sangue; adoção de complementações de cálcio e vitamina D.
Hemodiálise para tratar insuficiência renal crônica
A hemodiálise, por fim, é outro recurso para lidar com a insuficiência renal crônica. A aplicação da terapia, contudo, depende da gravidade dos sintomas e de outros fatores a serem observados pelo nefrologista.
Outros cuidados a serem tomados pelo paciente são: abster-se do fumo; redução drástica da ingestão de alimentos ricos em gordura e colesterol; prática de exercícios físicos (leves ou moderados); monitoramento dos níveis glicêmicos e da pressão arterial, que deve ser mantida abaixo de abaixo de 130/80 mmHg.
Pessoas com mais de 60 anos de idade devem realizar consultas médicas com mais frequência visto que estão potencialmente mais expostas às doenças associadas à insuficiência renal crônica.
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