Certamente você já ouviu falar de uma pessoa que não consegue distinguir o verde do vermelho ou que vê o mundo totalmente cinza, não é mesmo? Essa incapacidade de ver ou distinguir as cores primárias é chamada de daltonismo, e pode ser detectada pelo teste de daltonismo.
A condição não chega a ser considerada rara, pois pode atingir 10% da população masculina e 1% da feminina. Caracterizado como uma perturbação da percepção visual ligada ao cromossomo X, o daltonismo é de origem genética, hereditária, ou seja, passa de pai para filho, e sem cura.
Teste de daltonismo é feito no consultório
Um teste de daltonismo feito por um oftalmologista é capaz de atestar a condição em poucos minutos, sem a necessidade de exames invasivos.
Na sala do médico é possível descobrir se a pessoa é daltônica porque não diferencia verde e vermelho – essa forma é a mais comum e atinge 99% dos daltônicos –, se só consegue enxergar branco e preto ou ainda, o mais raro entre os três tipos, têm incapacidade de diferenciar azul e amarelo.
É possível ainda que uma pessoa seja daltônica apenas de um olho, tendo a visão do outro perfeitamente normal.
O daltonismo, que também pode ser chamado de discromatopsia ou discromopsia, recebeu esse nome em homenagem ao químico inglês John Dalton. Portador do distúrbio, ele foi o primeiro cientista a estudar a anomalia, que também pode surgir após lesão nos olhos causada por um acidente, no século XIX.
Japonês descobriu teste de daltonismo mais comum
O teste de daltonismo mais comum, no entanto, não é de autoria do inglês, mas do oftalmologista japonês Shinobu Ishihara.
Em 1917, o médico nipônico publicou o teste de daltonismo que mais tarde passou a se chamar Percepção de Cores de Ishihara. Nele, são usados círculos desordenados e com cores de percepção impossível para um daltônico. Sempre há no centro do círculo a construção de um número feita a partir desses círculos.
Somente após a exposição de uma longa série de imagens, é possível atestar que uma pessoa é portadora do distúrbio. Esse teste também é capaz de excluir falsos daltônicos.
Veja como funciona o teste de daltonismo do oftalmologista japonês Ishihara
– Ele trabalha com um círculo em que o número 12 é possível de ser percebido por todas as pessoas daltônicas ou não. O objetivo dessa imagem é para eliminar mentirosos.
– Em uma outra figura são usados círculos em tons vermelhos, amarelos e verdes para criar o número cinco. Uma pessoa de visão normal pode ter dificuldade de visualizar o número num primeiro momento devido à forma como os círculos estão dispostos, mas mesmo assim conseguem. Já um daltônico provavelmente não identificará numeral algum.
– Há o círculo em que o número em evidência para pessoa de visão normal é o 74. Já pessoas com incapacidade de ver verde ou vermelho enxergam o numeral 21. Os daltônicos totais não enxergam nenhum número.
– Uma outra imagem mostra algo semelhante a do número 74. Nela, o número 29 é visto por aqueles de visão normal e o numeral 70 é identificado por quem tem deficiência verde e vermelha. Daltônicos completos não identificam nada.
– Exista ainda a imagem do teste de daltonismo do oftalmologista japonês Ishihara na qual ele apresenta o número 6 para pessoas com visão normal e não é perceptiva para daltônicos de qualquer tipo.
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