Clínica Geral

Hidrocele testicular: entenda o acúmulo de líquido no escroto

Por Redação Doutíssima 17/12/2014

hidrocele testicular é uma anomalia caracterizada pelo inchaço de um ou dos dois testículos provocado pelo acúmulo de fluidos. De origem congênita ou adquirida, é comum em recém-nascidos ou em homens após os 45 anos.

 

Nos bebês, na maioria dos casos, a melhora acontece espontaneamente ao longo do primeiro ano de vida. Já em homens adultos, é necessária intervenção cirúrgica para que haja a retirada do líquido.

Anomalia pode atingir bebês ou homens com mais de 45 anos. Foto: iStock, Getty Images

Anomalia pode atingir bebês ou homens com mais de 45 anos. Foto: iStock, Getty Images

 

Hidrocele testicular provoca inchaço

 

A hidrocele testicular acontece quando, durante a gestação e formação do feto, o tubo por onde passam os testículos, que irão se alojar no escroto, não fecha. Assim, a água que sai do abdômen se aloja ali. Com o passar do tempo o acúmulo do líquido provoca inchaço, que pode ser pequeno ou mesmo gigante.

 

No caso dos recém-nascidos a conduta médica é observar a evolução do quadro. Geralmente, o tubo fecha sozinho. Quando isso não acontece é preciso submeter o bebê a uma cirurgia. O procedimento evita problemas futuros nas células dos testículos e na produção de espermatozoides e do hormônio da testosterona.

 

Na fase adulta, a hidrocele testicular é mais comumente diagnosticada em homens com mais de 45 anos e que tenham sofrido, ou sofrem, de inflamação no testículo ou epidídimo, ou que tenham acúmulo de líquido ao redor dos testículos.

 

A anomalia também pode ser provocada por uma hérnia inguinal. Mesmo se diagnosticada na vida adulta, a hidrocele testicular não provoca infertilidade no homem. E, ao contrário das crianças, em que a condição pode ser corrigida sozinha, nos homens maduros a cirurgia é única opção.

 

A hidrocelectomia, como é chamada a cirurgia para a correção da hidrocele testicular, tem como objetivo drenar o líquido acumulado no saco escrotal. Os riscos da cirurgia envolvem a possibilidade de surgimento de coágulos sanguíneos, infecção e lesão no escroto.

 

Os riscos aumentam conforme o volume de água. Outro procedimento comum realiza a aspiração da água e posterior injeção de uma substância esclerosante, ou seja, capaz de impedir um novo acúmulo de líquido. A técnica, no entanto, pode provocar infecção, dor no local e fibrose.

 

Diagnóstico da hidrocele testicular

 

Dor no escroto ou nos testículos é evidência de algo mais grave, como um tumor, por exemplo. A hidrocele testicular não provoca dor, apenas desconforto e não é de origem maligna. O diagnóstico pode ser feito a partir de exame físico clínico simples.

 

Neste procedimento o médico geralmente encontra um escroto inchado e sem possibilidade de tato do testículo, que fica por traz do volume de água. Quando, durante o exame, pressionando o abdômen ou o escroto o volume aumentar ou diminuir, a anomalia está associada a uma hérnia inguinal.

 

A hidrocele testicular também pode ser diagnosticada a partir de uma técnica chamada de transiluminação. Neste procedimento, o médico usa um feixe de luz para iluminar a parte inchada do escroto. Havendo a iluminação do líquido presente no escroto é feito o diagnóstico.

 

O médico também pode pedir uma ultrassonografia para conseguir ver de forma detalhada a posição dos testículos e como estão as estruturas existentes na bolsa escrotal.

 

 

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