Mais frequente e conhecida forma de demência entre idosos, o mal de Alzheimer é uma doença degenerativa grave e ainda incurável, que costuma se manifestar a partir dos 65 anos. Mas cada vez mais, o Alzheimer em jovens tem sido diagnosticada.
Caracterizada pela degeneração progressiva e irreversível de certas funções cerebrais como memória, aprendizado, linguagem e pensamento abstrato, a patologia se divide em dois tipos: o primeiro, denomimado “familiar”, acomete diversos membros de uma mesma família e tem relação direta com o fator hereditário e atinge toda faixa etária.
O outro é considerado “esporádico” e apresenta causas ainda indeterminadas, atacando somente pessoas a partir dos 50 anos, sem relação genética. Atualmente, a proporção de ocorrências é de apenas 5% para casos familiares, enquanto os demais 95% são classificados como esporádicos.
Causas do Alzheimer em jovens
Apesar de a maioria das ocorrências não apresentar relação genética, quando se trata de casos na juventude o fator hereditário é totalmente determinante e a doença quase sempre está associada a uma rara deformação do código ribossômico.
Conforme especialistas, dificilmente será diagnosticado Alzheimer em jovens se nenhum parente, principalmente o pai, for portador deste gene defeituoso.
Ainda assim, a carga genética, sozinha, não dispara a anomalia, que depende de fatores externos como o consumo excessivo de informações (muitas horas diáras na internet, por exemplo), falta de exercícios mentais, qualidade ruim do sono, stress e depressão.
Indícios do Alzheimer em jovens
Os sintomas que podem indicar Alzheimer em jovens são bastante parecidos com os encontrados em pacientes idosos, por isso a importância de se manter atenção aos hábitos cotidianos, mesmo de adolescentes ou pessoas com faixa etária relativamente baixa.
É indicada uma consulta médica quando dois ou mais dos seguintes itens passam a se destacar na conduta de alguém:
– Falhas na memória recente, tais como o esquecimento de nomes, horários de compromissos, números de telefones e endereços
– Dificuldade de expressão verbal, confundindo palavras e expressões e dificultando a compreensão do interlocutor
– Redução do senso geográfico, apresentando dificuldades de localização ou esquecimento dos lugares aonde se precisa ir ou como voltar, inclusive para a própria casa
Há possibilidade ainda de sintomas orgânicos, tais como irritabilidade; desânimo; apatia; falta de coordenação motora e quedas constantes; incontinência fecal e urinária.
Tratamento
Apesar de inúmeras pesquisas na área, tanto Alzheimer em jovens quanto em idosos ainda não dispõe de cura ou controle. O tratamento consiste na redução dos sintomas e pode incluir medicamentos, fisioterapia, psicoterapia e até a indicação de exercícios para o cérebro, assim como atividades recreativas ou lúdicas.
Dicas de prevenção da doença
O caminho mais seguro para evitar Alzheimer em jovens, assim como em idosos, é a prevenção, que deve começar desde cedo, através de um estilo de vida com hábitos saudáveis e, principalmente, estímulos cotidianos ao cérebro. Confira algumas dicas:
Atividades intelectuais
Manter o cérebro ativo, com pelo menos 15 minutos diários de estímulos cognitivos, é essencial. Procure sempre novos desafios, como aprender um novo idioma ou instrumento. Leitura, jogos de estratégia, quebra-cabeças ou memorização também são bastante indicados.
Exercícios físicos
Atividades físicas regulares reduzem o risco de Alzheimer em jovens em até 50%, conforme especialistas. Exercícios moderados, com prioridade para jogos em equipe, com duração mínima de 30 minutos, entre 3 e 5 vezes por semana já são o suficiente para resguardar a saúde cerebral.
Dieta do Mediterrâneo
A chamada dieta mediterrânea, rica em vegetais, peixes e frutas contribui efetivamente para a nutrição do cérebro, prevenindo diversos males e, principalmente, todos os tipos de demência.
Vinho tinto
Uma taça da bebida por dia é também uma boa aliada na prevenção, graças aos flavonóides e outros antioxidantes que oferece. Eles ajudam a proteger a atividade neurológica e previnem lesões cerebrais.