Motivação

Conheça a história da campeã mundial de dança do ventre Mahaila El Helwa

Por Redação Doutíssima 06/02/2015

dança do ventre é uma arte que vem crescendo exponencialmente, adquirindo um número cada vez maior de praticantes em todo o mundo. E o Brasil já é reconhecido por ter algumas das melhores bailarinas dessa arte milenar. Entre elas,  está Mahaila El Helwa, a  única brasileira a conquistar o título de campeã mundial de dança do ventre, no festival egípcio Ahlan Wa Sahlan”, organizado anualmente pela mestre Raqia Hassan, uma das coreógrafas mais conceituadas no meio. 

 

danca do ventre

Mahaila acredita que ainda há certo preconceito sobre a modalidade da dança no Brasil. Foto: Arquivo pessoal

 

Os primeiros passos na dança do ventre

 

Mahaila El Helwa é  Gabriela Nogueira, de São Paulo. Ela começou a dançar aos 14 anos, por influência da sua mãe. “Na verdade, eu não escolhi a dança do ventre, fui levada à ela e comecei por pura curiosidade. Fui estimulada pela minha mãe que começou a fazer aulas porque sempre amou essa arte “, conta Mahaila.

 

Nessa época, Gabriela nem imaginava o que o futuro lhe reservava. Hoje, aos 29 anos e com o nome artístico Mahaila El Helwa, a paulista é referência na dança do ventre, ministrando cursos e workshops nos principais Estados brasileiros e no exterior, como Chile, Argentina e Portugal.  

 

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A escolha de viver da arte foi importante para o futuro da dançarina Mahaila El Helwa. Foto: Arquivo pessoal

 

O peso da escolha: Direito ou dança do ventre?

 

Gabriela se formou em Direito, e a Mahaila seguia na dança do ventre. Entretanto, houve um momento em que as duas entraram em conflito e apenas uma seguiu adiante. Escolher entre a carreira de advogada e sua grande paixão não foi tão simples quanto a campeã mundial pensava.  “Foi um longo período de dúvidas e questionamentos, até perceber que, quanto mais eu fugia da dança, mais oportunidades ela me proporcionava. O que já não acontecia para um advogado em início de carreira. Então, nesse momento, parei de relutar e aceitei de coração aberto essa escolha”, lembra.

 

A instabilidade e as incertezas de uma profissão artística levaram Mahaila a questionar sua decisão “O principal dilema foi o ‘viver de arte’. Infelizmente, algumas opções de arte não são tão valorizadas. Fiquei com muito receio da instabilidade e, além disso, da aceitação das pessoas ao meu redor por um meio de vida mais alternativo”, recorda.

 

Mahaila conta que a família sempre foi sua grande aliada em todas as decisões de sua vida:  “Minha família, minha maior base, me apoiou incondicionalmente desde o início, uma vez que era a favor da minha felicidade dentro de qualquer uma das minhas escolhas”.

 

Criticada por alguns  amigos sobre a insegurança financeira que envolve a arte, Mahaila provou que não é bem assim. “A dança do ventre me dá um bom retorno financeiro, muito melhor do que um advogado em início de carreira. Hoje trabalho para isso, corro atrás e me aperfeiçoo constantemente para sempre apresentar novidades e um melhor serviço ao mercado”, afirma a dançarina.

 

Com trabalho de segunta à sexta, a agenda de Mahaila está sempre lotada. Aos finais de semana, ela viaja para algum lugar no Brasil ou no mundo para ministrar workshops e cursos. “O que mais me realiza é saber que, com minha arte, faço muitas outras pessoas felizes, trago mais qualidade de vida e brilho para a vida delas!”

Para ter energia para essa rotina tão puxada, Mahaila também precisa exercitar. O que acabou lhe dando, além de um ótimo preparo físico, um corpo escultural.  “Dedico aproximadamente 20h da minha semana para meu trabalho prático. Além de fazer as coreografias e ensaiar muito, procuro exercitar meu corpo com outras atividades como pilates, musculação e caminhada/corrida”.

 

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Mahaila descobriu a paixão pela modalidade ao acompanhar a mãe em um curso de dança. Foto: Arquivo pessoal

 

A dança do ventre

 

 

A origem da dança do ventre ainda é um mistério. A versão mais aceita entre estudiosos e profissionais da área é que a Raqs El Shark, como é chamada no Oriente, teria surgido dos rituais de fertilidade realizados no Egito. 

 

De forma geral, a dança do ventre é caracterizada pela dissociação das partes do corpo que podem se mexer de forma independente. Ao contrario do que se pensa, a dança do ventre não se limita aos movimentos do quadril. Ela também trabalha membros superiores, ombros, braços e mãos.

 

A dança do ventre  pode ser dançada com acessórios. O pandeiro, a bengala, o véu, a vela e a espada são os mais utilizados. Há também variações mais modernas nos instrumentos.

 

 

 

Conheça mais sobre o trabalho da dançarina Mahaila El Helwa em seus canais de divulgação:

 

Facebook – Página Oficial: https://www.facebook.com/Mahaila.El.Helwa.Oficial

 

Canal YouTube: http://www.youtube.com/user/MahailaElHelwa

 

 

 

 

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