O orgasmo feminino, bem como os seus efeitos no corpo da mulher, tem sido instrumento de muitas pesquisas e estudos por todo o mundo. O assunto ainda é um tabu em diversas localidades, mas vem despertando curiosidades por ter efeitos diferentes e, por vezes, semelhantes, ao orgasmo masculino.
Os efeitos terapêuticos do orgasmo feminino
Pode parecer até brincadeira, mas estudos já realizados sugerem que o orgasmo feminino tenha efeitos terapêuticos e influencie beneficamente as atividades cerebrais. O estudo é do psicólogo e professor da Universidade Rutgers de Nova Jersey, Estados Unidos, Barry Komisaruk.
Komisaruk investiga o assunto há mais de 30 anos e um dos seus estudos pretende verificar se o prazer sexual feminino pode ajudar em tratamentos de doenças, como a ansiedade, a depressão e certas dependências. Para realizar o estudo, o professor utilizou câmaras de ressonância magnética.
A função destes equipamentos era estimular a região vaginal de mulheres voluntárias até que elas alcançassem o nível de orgasmo. Durante esse estágio, foram analisadas e monitoradas as atividades cerebrais de cada mulher, para se chegar a algumas conclusões.
Entre as principais constatações, está que, durante o clímax do orgasmo feminino, as atividades cerebrais aumentam significativamente. O fluxo de oxigênio no sangue se intensifica, o que é fundamental para melhorar todos os sistemas cerebrais, como o sensorial e o de coordenação motora.
Por enquanto, as únicas conclusões retiradas do estudo de Komisaruk é que o estímulo vaginal tem a capacidade de evitar a dor antes mesmo do orgasmo. Entre os desconfortos comprovadamente aliviados, estão as dores menstruais, musculares e nas costas.
O orgasmo feminino é composto pelo quê?
Um estudo publicado recentemente e realizado com sete mulheres vem gerando polêmicas em torno do orgasmo feminino. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Journal of Sexual Medicine, dos Estados Unidos, a ejaculação feminina é composta por xixi, substâncias lubrificantes e um líquido não especificado.
O estudo se refere à liberação de xixi em casos de orgasmos mais intensos e fortes. Por isso, gerou algumas manifestações revoltosas. Nas redes sociais, mulheres usaram a hashtag #NotPee, que em português significa ‘não é xixi’, e formaram um movimento de defesa em torno da ejaculação feminina.
Contudo, sexólogos e pesquisadores no assunto afirmam que, independente das substâncias liberadas, as mulheres não dependem da ejaculação para sentir prazer. Além disso, a anatomia de homens e mulheres são diferentes e, portanto, não podemos comparar as formas de atingir o prazer entre um e outro.
Outros efeitos que o orgasmo tem no corpo
Embora seja uma discussão frequente entre os sexólogos, não existem muitos estudos que tratem do orgasmo feminino. Por conta disso, não há grandes conclusões em torno do assunto, apenas algumas constatações preliminares.
Já foi comprovado, por exemplo, que mulheres que têm orgasmos mais frequentes, possuem uma saúde cardíaca melhor do que as que ejaculam menos. Além disso, a ejaculação feminina aumenta as chances de gravidez, visto que o esperma masculino tem mais facilidade em alcançar o óvulo.
O relaxamento pós-orgasmo também facilita o trajeto dos espermas, por isso o cochilo após o sexo pode ajudar na gravidez.
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