A maioria das pessoas sabe que o consumo excessivo de frituras é prejudicial ao organismo. Mas poucas levam em consideração que, além dos danos relacionados ao ganho de peso, a fritura pode desencadear outros problemas graves, como as doenças cardiovasculares e a resistência à insulina.
A nutricionista Maiara Fidalgo, da clínica Fluyr Saudável, alerta para alguns perigos relacionados ao consumo excessivo de fritura. “Quando é consumida sem moderação, a fritura ocasiona o aumento da pressão arterial e as gastrites, além de favorecer o desenvolvimento de câncer”, aponta ela.
Entenda como a fritura prejudica a saúde
A verdade é que esses fatores de risco podem se relacionar. Isso porque, quando a fritura está presente na maioria das refeições, ela acaba gerando um aumento gradativo de peso.
“A fritura contribui para uma má absorção de nutrientes, deixando o alimento consumido com uma característica inflamatória, que pode estimular o acúmulo de gordura abdominal”, ressalta a nutricionista.
A gordura em excesso, por sua vez, resulta na obesidade: uma doença que traz vários riscos à saúde e que, infelizmente, não é incomum. De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, cerca de 50,8% dos brasileiros estão acima do peso.
A alimentação incorreta recorrente acaba ocasionando a criação de placas de gordura, que se infiltram na parede dos vasos sanguíneos e bloqueiam o fluxo de sangue. O resultado são as doenças vasculares, que podem ter consequências devastadoras, como infartos e aneurismas.
Saiba como consumir fritura de maneira correta
Segundo Maiara, a palavra-chave para quem quer manter a saúde em dia é equilíbrio. “Não é preciso restringir a fritura do cardápio. É permitido consumir esses alimentos, sim, mas com moderação”, destaca ela.
A nutricionista recomenda que as frituras sejam ingeridas, no máximo, uma vez por semana. “É preciso se certificar também da troca do óleo da fritura. Por isso, o ideal é preparar os alimentos fritos em casa”, ressalta a profissional.
Ainda de acordo com Maiara, optar por um óleo de qualidade não significa que a fritura será menos prejudicial: “Mesmo que se utilize óleo de boa qualidade para fritar os alimentos, ele continua sendo prejudicial à saúde. Isso porque é o processo de fritura que faz alterações químicas no óleo, produzindo a gordura saturada”, explica.
Ainda assim, optar por um produto de qualidade não deixa de ser importante. Segundo a nutricionista, a utilização de óleos de oliva, canola ou soja são os mais recomendados. Para manter a saúde em dia, também é preciso ter força de vontade, pois o consumo de fritura já faz parte da alimentação de muitos brasileiros.
“Existe um alto consumo de alimentos fritos no cardápio dos brasileiros. Da linguiça aos pasteis e coxinhas, o consumo chega a ser quatro vezes maior que o recomendado”, enfatiza Maiara.
A nutricionista acredita que é possível fazer um menu saboroso sem utilizar óleo para refogar e preparar os alimentos. Para manter uma alimentação saudável, ela dá a dica. “É possível refogar os alimentos com pouco óleo e usar cebola, alho e outros temperos naturais. Prefira preparar os alimentos grelhados, cozidos ao vapor, assados, utilizando temperos naturais e um pouco de azeite”, finaliza.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!