A competitividade é algo intrínseco ao ser humano, que está sempre em busca de superação, de ser o melhor no que faz e alcançar os melhores resultados. Ou seja, é de sua natureza ser competitivo. Mas, como tudo, é preciso ter um limite. E esse é o grande desafio, especialmente entre as mulheres, que têm essa característica muito mais aflorada do que os homens.
De um modo geral, conclui-se que todo ser humano, por excelência, é competitivo. Alguns são mais, outros menos, mas todos os seres humanos têm seu aspecto competitivo. É o que explica a psicóloga e psicanalista Katya de Azevedo Araújo, que atende no Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP) de Novo Hamburgo (RS).
Competitividade vem de berço
A competitividade feminina já pode ser constatada desde muito cedo, pois as meninas são bem mais competitivas do que os meninos, por exemplo, quando querem exibir a boneca ou a roupinha mais bonita que as da amiguinha. Trata-se de algo natural, portanto.
Mas ser competitivo pode fazer mal? Em excesso, sim, afirma a psicanalista. “A competição faz parte da vida. Competimos em nossa própria família. Aprendemos a competir com nossos irmãos dentro de casa, e na medida certa é saudável”, diz Katya.
O problema, segundo a psicóloga, é quando esse comportamento se torna exagerado, e a pessoa passa a agir competitivamente sem qualquer limite.
Quando todas as relações e tarefas têm essa temática, a competitividade como foco não é considerada um comportamento benéfico – seja para a pessoa ou para os outros envolvidos.“Tudo que está excessivo pode estar no campo da psicopatologia”, completa a especialista.
No ambiente corporativo, ser competitivo também passa a ser algo importante. Afinal, essa característica é essencial para o crescimento da pessoa e para o sucesso na carreira.
E as mulheres têm um aspecto a mais que precisa ser levado em conta. Apesar de todas as portas que já foram abertas no mercado de trabalho, ainda é preciso impor sua competência em muita áreas.
Competitividade e equilíbrio
De acordo com Katya, é possível, sim, alcançar o equilíbrio das emoções e focar na competitividade saudável. “Podemos ser competitivos para crescer, ambicionar e se diferenciar, mas não incrementar a ponto de desconsiderar o outro”, considera a psicanalista.
E esse foco em ser competitivo de forma saudável (para a pessoa e para os outros que estão ao redor) deve estar na direção da autenticidade com transparência.
O comportamento, em qualquer setor da vida, mas especialmente no ambiente de trabalho, de acordo com a psicóloga, deve ser marcado pela honestidade consigo mesma e com os outros.
Identificar um comportamento competitivo nocivo não é difícil. Fique atenta ao quanto a sua ambição prejudica seus relacionamentos. Quando a competitividade passa a ser a base do comportamento, é sinal de que problemas estão chegando.
Por isso, ao notar que a sua natureza competitiva está passando dos limites e afetando os relacionamentos no trabalho, é hora de prestar atenção, parar e procurar ajuda.
A ajuda de um profissional da psicologia pode ser importante nesse processo, que vai sinalizar um dos caminhos mais importantes da vida: o autoconhecimento – que é essencial para muitos aspectos da vida cotidiana.
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