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Mal de Simioto indica desnutrição? Tire suas dúvidas

Por Redação Doutíssima 07/06/2015

Em muitos estados brasileiros, quando uma criança pequena está desnutrida, logo se imagina que ela possa estar com o Mal de Simioto. Também chamado de Doença do Macaco, ele já é antigo no conhecimento da cultura regional, embora careça de evidências médicas.

A condição não é reconhecida pela Medicina, inexistindo também estudos científicos sobre ela. Tudo o que se comenta é que pode estar relacionada a parasitas e que tratamentos alternativos seriam a melhor forma de enfrentá-la.

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Cuidados com a alimentação são essenciais para evitar a desnutrição infantil. Foto: iStock, Getty Images

 

O que é o Mal de Simioto

O Mal de Simioto corresponde a uma série de sintomas que fazem parte de um quadro de desnutrição crônica. As causas podem estar relacionadas com má alimentação ou parasitas. Além disso, pode ter origem na alergia ao leite de vaca, em especial a uma substância nele presente, chamada caseína.

 

A Doença do Macaco ganhou esse nome na cultura brasileira em razão da aparência do enfermo. Pessoas próximas relataram que os doentes tinham a feição de um macaco, apresentando magreza extrema.

Desde então, acredita-se que o Mal de Simioto possa atingir qualquer pessoa, embora ele se manifestasse de forma mais comum entre crianças pequenas, nos primeiros meses e anos de vida.

 

Sintomas atribuídos ao Mal de Simioto

São duas as formas esperadas para a manifestação da condição: a clássica e a não clássica. A primeira é caracterizada por diarreia crônica, desnutrição, anemia não curável, emagrecimento, falta de apetite e distensão abdominal (barriga inchada). Outros sintomas relatados são abortos de repetição, glúteos atrofiados, vômito (refluxo), dor abdominal, osteoporose, esterilidade, pernas e braços finos e apatia.

 

A forma não clássica manifesta-se através de alterações gastrointestinais não tão aparentes. Os sintomas mais visíveis incluem anemia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de ventre, constipação intestinal crônica, manchas e alterações do esmalte dental, esterilidade e osteoporose antes da menopausa.

A grande quantidade de sinais relatados pode ser atribuída à própria inexistência de embasamento científico sobre a doença. Por essa razão, a medicina tradicional não irá diagnosticar e tratar o Mal de Simioto, mas atacará os sintomas que afetam a saúde da pessoa que se acredita estar acometida pela condição.

De forma geral, a maioria dos tratamentos para combater a doença estão relacionados à medicina alternativa. Dependendo da região do Brasil onde ela ocorre, diferentes ervas e chás são empregados. É comum as pessoas recorrerem a figuras como benzedeiras e curandeiras.

Mas é importante sempre buscar auxílio médico especializado. Vale lembrar que a desnutrição é uma condição grave. Então, se você ou seu filho tiver qualquer um dos sintomas relacionados ao Mal de Simioto, procure ajuda profissional imediatamente.

 

Desnutrição infantil é ameaça à saúde

No Brasil, a incidência da desnutrição na infância tem diminuído nas últimas décadas. Segundo o Ministério da Saúde, o percentual de óbitos por desnutrição grave, em nível hospitalar, se mantém em torno de 20%.

 

A desnutrição infantil grave pode ser fatal. É importante acompanhar de perto o peso e o desenvolvimento da criança, sempre buscando o apoio médico quando qualquer anormalidade for identificada.

Outro fator importante para uma criança bem nutrida é manter o aleitamento materno até a idade recomendada, cerca de seis meses. Infelizmente, de acordo com o Ministério da Saúde, apenas 10% das crianças brasileiras são amamentadas até essa idade.

 

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