Em 2013, Angelina Jolie se submeteu a um mapeamento genético e levantou o debate sobre esse procedimento na mídia. A atriz conseguiu detectar dois genes em seu corpo, que sofreriam mutações e desenvolveriam câncer de mama.
Baseada no diagnóstico, ela removeu os seios para prevenir a doença. Desde então, muitas pessoas têm buscado a mesma técnica para diagnosticar precocemente inúmeros problemas de saúde.
O campo da genética é responsável por entender toda nossa estrutura física e orgânica. Desde os tecidos do corpo até a cor dos olhos e do cabelo, ela abrange nosso fluxo vital.
No mapeamento genético, é possível encontrar evidências concretas de que doenças genéticas ou hereditárias estão ligadas a partículas já presentes dentro de nós. Saiba mais sobre o procedimento e o que ele permite conhecer.
Prevenção de doenças com mapeamento genético
Após o sucesso do Projeto Genoma Humano (HGP), em 2003, se tornou possível conhecer os genes responsáveis por inúmeras doenças hereditárias, como fibrose cística, diabetes, câncer, distrofia muscular, asma, aterosclerose, entre outras. Com a ciência precoce sobre o desenvolvimento desses problemas, é possível compreendê-los melhor e tratar com terapias genéticas.
Através do mapeamento genético, é possível ler a estrutura dos genes, verificando em que cromossomos se localizam e se passaram por modificações ou danos. No DNA humano, a formação estrutural é feita por uma dupla em forma de espiral, na qual se combinam letras representando os compostos orgânicos adenina, timina, citosina e guanina.
Para detectar os resultados do mapa de genes, apenas um profissional geneticista conseguirá realizar a interpretação. Primeiro, é separada a parte do DNA necessária para análise. No nosso organismo apenas 3% ou 4% do genoma é responsável por provocar as doenças. A partir daí, são lidos os códigos genéticos e efetuados os diagnósticos.
Processo de leitura do mapeamento genético
Qualquer pessoa pode fazer um mapeamento genético para verificar sua possibilidade de desenvolver doenças, ou mesmo detectar possíveis problemas hereditários no bebê e selecionar embriões para fertilizar. Amostras de sangue são coletadas e, em laboratório, o DNA é isolado para montar o mapa, feito em sequenciadores de DNA.
De início, o processo de sequenciar era mais lento e caro. Hoje, os equipamentos são capazes de mapear cerca de 300 genes, descobrir modificações para mais de 800 doenças de forma precisa e tudo em apenas 27 horas. O valor para realizar o procedimento ainda é alto, mas existem políticas para baratear e torná-lo mais acessível.
No Brasil, já está presente a tecnologia de sequenciadores mais recente. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), existe um serviço público de mapeamento genético de doenças autoinflamatórias. O objetivo é diagnosticar com precisão e rapidez pacientes da rede pública, sem que precisem pagar R$ 5 mil, normalmente cobrados pelo serviço.
Os mapas são um recurso importante para a prevenção de doenças, principalmente hereditárias. A partir de um pré-diagnóstico, é possível mudar hábitos e tomar medidas que evitem o desenvolvimento de prejuízos à saúde. Medicamentos e terapias já começam a ser produzidos de acordo com o perfil genético de cada pessoa.
Mesmo com todo esse avanço, ainda é imprescindível o diálogo com os especialistas e o acompanhamento médico, para avaliar as reais necessidades de elaborar um mapa genético.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!