Em condições normais, o ser humano sua quando é submetido a calor excessivo ou quando desenvolve alguma atividade física. Essa transpiração possibilita a adaptação do corpo às flutuações de temperatura a que estamos constantemente expostos. Mas, às vezes, pode atrapalhar. O excesso de suor nas mãos é um exemplo.
Para entender melhor como isso ocorre, é interessante saber como esse líquido se forma. Ele é produzido pelas glândulas sudoríparas, localizadas abaixo da derme. A hiperatividade dessas glândulas resulta na produção excessiva.
Suor nas mãos e as glândulas écrinas
Há dois tipos de glândulas sudoríparas, as apócrinas e as écrinas. É o excesso de produção das écrinas que causa o suor além do limite, chamado de hiperidrose.
No corpo humano, existem de 2 a 5 milhões de glândulas écrinas. Elas estão concentradas nos pés, mãos, axilas, rosto e crânios, áreas que podem estar constantemente suadas, molhadas.
Mas por que umas pessoas suam mais nas mãos do que outras? As causas da hiperidrose palmar podem estar associadas ao hipertiroidismo, menopausa, distúrbios psiquiátricos e obesidade.
Entretanto, na maioria das vezes, o suor na mãos pode resultar de situações que gerem estresse, nervosismo, sensibilidade maior à temperatura ambiente e, ainda, a estímulos, como alimentos muito condimentados, por exemplo.
Alguns especialistas afirmam que a grande atividade do sistema nervoso pode justificar a hiperidrose primária. Isso gera desconforto, além do mal-estar social, especialmente entre amigos e no trabalho. Por isso, em muitos casos, afeta a qualidade de vida e o rendimento do indivíduo.
Quem tem hiperidrose plantar, comumente, reclama de dificuldades para ações rotineiras como, escrever, segurar o telefone ou simplesmente andar de mãos dadas com alguém. Muitas vezes, uma toalha ou lenço são os objetos dos quais essas pessoas, literalmente, não abrem mão.
Não existe uma idade específica em que os sintomas da hiperidrose comecem, mas geralmente aparece entre os 15 e os 30 anos de idade.
Como tratar o suor nas mãos
O tratamento da hiperidrose palmar e também dos pés vai depender da intensidade do problema, entre os quais se destacam:
Tópico
Esse tipo de tratamento é uma opção para a hiperidrose de leve a moderada, no qual são usados produtos como cremes, adstringentes e antiperspirantes.
Medicamentoso
É o tratamento que vai agir nas causas do problema, com o uso de ansiolíticos, medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso, assim, há menos estímulo às glândulas sudoríparas. Mas, pode haver efeitos colaterais como alterações na visão e boca seca.
Psicológico
Muitas vezes, antes de usar medicamentos para controlar o sistema nervoso, a psicoterapia é uma alternativa por meio da qual o indivíduo desenvolve mecanismos para controlar emoções e sentimentos que geram ansiedade.
Botox (toxina botulínica)
É outro tratamento indicado para casos de hiperidrose de leve a moderada, quando esta não responde bem ao tratamento tópico. Seus efeitos têm resultados que duram entre 6 a 8 meses. Depois desse período, novas aplicações são necessárias.
Cirúrgico
É o tratamento indicado para casos graves de hiperidrose. A chamada simpatectomia torácica por videotoracoscopia é o procedimento cirúrgico através do qual a transmissão dos nervos responsáveis pelo suor excessivo é interrompido.
O procedimento cirúrgico, no entanto, não significa a cura da hiperidrose. Pode ocorrer o que os médicos chamam de hiperidrose compensatória, quando o suor exagerado migra da área operada para outra região do corpo.
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