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Mindfulness: saiba como funciona a prática da atenção plena

Por Redação Doutíssima 02/09/2015

Estamos pensando no futuro em muitos momentos, tanto o de amanhã quanto o de longo prazo. No entanto, uma nova linha de pensamento vem se tornando muito comum ao redor do mundo: o mindfulness. A prática consiste em cultivar uma consciência voltada para o momento presente, sendo ao mesmo tempo um hábito diário e um processo ao longo da vida.

 

Mindfulness: raízes antigas, aplicações modernas

O mindfulness, ou atenção plena em português, tem suas raízes no budismo. Porém, muitas religiões incluem algum tipo de oração ou meditação técnica que ajuda a mudar pensamentos para longe de preocupações habituais, buscando a apreciação do momento e a perspectiva mais ampla sobre a vida.

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Prática com origem no budismo ajuda a manter o pensamento no presente e reduz o estresse. Foto: iStock

A prática também envolve a aceitação, ou seja, é possível ter pensamentos e sentimentos sem julgá-los e sem acreditar que há um caminho “certo” ou “errado” de pensar ou sentir em um dado momento.

Quando praticamos a atenção plena, nossos pensamentos entram em sintonia com o que estamos sentindo no momento presente, ao invés de pensar no passado ou imaginar o futuro.

 

Embora tenha suas raízes na meditação, o mindfulness entrou em cena no mundo ocidental principalmente em razão do programa de redução de estresse da University of Massachusetts Medical School, nos Estados Unidos, em 1979. Desde então, milhares de estudos documentam os benefícios da atenção plena para a saúde física e mental.

 

Estudos comprovam benefícios do mindfulness

Essa prática é capaz de beneficiar e muito o corpo e a mente. Inúmeros estudos podem comprovar isso. Uma pesquisa do Departamento de Psicologia da Universidade de Wisconsin, nos EUA, mostrou que depois de apenas oito semanas de treinamento praticando meditação, houve uma melhora no sistema imunológico dos participantes.

 

Vários levantamentos também descobriram que a atenção plena aumenta emoções positivas e reduz as negativas e o estresse. Uma publicação no Archives of General Psychiatry sugere que a técnica pode ser tão boa quanto antidepressivos no combate à depressão e na prevenção de recaídas.

 

E não é só isso. A investigação científica descobriu, ainda, que ela aumenta a densidade de matéria cinzenta em regiões do cérebro ligadas à aprendizagem, memória, regulação da emoção e empatia.

A prática é capaz também de melhorar os relacionamentos porque faz com que casais fiquem mais satisfeitos, de acordo com uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte.

 

Como cultivar a atenção plena?

A maioria das pessoas sofre com problemas que podem ocupar muito tempo na mente. O mindfulness, muitas vezes, ajuda a lidar com eles de forma produtiva.

Como fazer isso? Em primeiro lugar, torne-se mais consciente do mundo ao seu redor – desligue do piloto automático, observe e assista seus pensamentos e sentimentos, despertando para as sensações físicas de coisas.

 

Outra maneira é fazer a meditação mindfulness. Basta escolher um local calmo, sentar em uma cadeira de encosto reto ou ficar de pernas cruzadas no chão. Concentre-se em um aspecto de sua respiração, como o ar que flui em suas narinas e sai pela sua boca, ou sua barriga subindo e descendo enquanto você inspira e expira.

Uma vez que você estreitou sua concentração, comece a aumentar o seu foco. Torne-se consciente de sons, sensações e suas ideias. Considere cada pensamento ou sensação sem julgá-lo se é bom ou ruim. Se a sua mente começa a correr, volte o foco para a respiração. Em seguida, expanda a sua consciência novamente.

 

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