É muito comum as pessoas discutirem problemas como depressão pós-parto sempre relacionando-os às mulheres. Talvez você não saiba, mas existe também a depressão masculina pós-parto.
Pode parecer estranho, mas ela ocorre com mais frequência do que você pode imaginar. Caracterizada pela tristeza paterna, logo depois do nascimento da criança, ela é conhecida também pela sigla DPP.
Por que ocorre a depressão masculina pós-parto
A depressão masculina pós-parto se caracteriza, além da tristeza, por momentos de prostração, indisposição, perda de apetite e ainda a alegria e o prazer que a paternidade, teoricamente, deveria dar. Mas por que isso acontece? As dúvidas que passam pela cabeça das mulheres acerca de sua capacidade como mãe, também acometem os pais.
Dados do Ministério da Saúde dão conta de que a depressão pós-parto atinge cerca de 40% das brasileiras, enquanto que nos homens alcança o índice de 10,4%. Uma pesquisa divulgada pela revista The Journal of American Medical Association demonstra, ainda, que isso se se intensifica mais neles entre o terceiro e o sexto mês depois do nascimento.
Eles passam a se questionar se conseguirão ser bons pais, se saberão educar seus pequenos, às vezes não acreditam que serão capazes. Em alguns homens, essas dúvidas acabam desencadeando a tristeza profunda, levando à depressão, estimulando a ansiedade e o estresse, sinalizando o descontrole.
Estudos mostram que a depressão masculina pós-parto é mais frequente em pais de “primeira viagem”, quando as dúvidas são genuínas, já que um mundo completamente desconhecido começa a se descortinar na sua frente. Por isso, nos exames pré-natais, a presença dos futuros papais é essencial para que entendam o que vai acontecer dali por diante.
E há ainda os casos de depressão masculina justamente quando a mulher passa pelo drama, mas não se trata de um caso de “contágio”. A questão é que o homem se sente muito cobrado e exigido de uma hora para outra e, vendo a companheira tão vulnerável, não entende como poderá dar conta da nova família.
Tratamento da depressão masculina
A orientação quanto ao tratamento da depressão masculina logo que o bebê nasce costuma ser a mesma dada às mulheres que se mostram deprimidas depois do parto: diante dos sintomas, de qualquer sinal que fuja do padrão de comportamento, o mais indicado é buscar ajuda especializada.
Não existe uma regra de tratamento. As medidas dependem muito do nível do problema apresentado pelo papai e pode acontecer de, em muitos casos, nem ser diagnosticada a depressão.
Pode ser um estado passageiro de tristeza ou sentimento de abandono por parte da esposa, trocado pelo bebê. O acompanhamento terapêutico ou médico indicará, ou não, a necessidade do uso de medicamentos.
Quando isso acontece, o conselho dos especialistas é conversar francamente com a companheira e expor seus medos. Um diálogo aberto pode aproximar ainda mais o casal e, o que era temor, deve virar um laço ainda mais forte.
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