A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Mundial de Neurologia (ABN) decretaram o dia 29 de outubro como o Dia Mundial do AVC, uma das principais causas de morte no mundo. A data foi criada para promover o maior engajamento de profissionais e da população no tratamento e prevenção da doença.
A cada 5 minutos um brasileiro morre devido a algum episódio de acidente vascular cerebral (AVC). Por ano, são mais de 100 mil mortes no País, de acordo com dados da ABN. Cerca de 50% dos sobreviventes ficam com sequelas graves.
Estima-se que em 2015 ocorram 18 milhões de casos de AVC em todo o mundo e, para o ano de 2030, esse número pode chegar a 23 milhões.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a doença é a quinta maior causa de mortes no mundo entre pessoas de 15 e 59 anos. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta como a enfermidade que mais mata, superando o câncer e o infarto.
Dia Mundial do AVC: como identificar o problema
O acidente vascular cerebral causa sequelas devastadores aos sobreviventes, como perda da fala e paralisia. Essa doença é mais comum em pessoas com hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, doenças do coração, fumantes e indivíduos que bebem com frequência. O aparecimento em indivíduos mais jovens está associado a alterações genéticas, na maioria dos casos.
O AVC é dividido em dois subtipos: o hemorrágico e o isquêmico. “O hemorrágico ficou popularmente conhecido como derrame, porque ocorre um extravasamento de sangue para o parênquima cerebral. O isquêmico é o decorrente da obstrução de uma artéria, gerando um infarto na região irrigada por ela”, explica o neurocirurgião Feres Chaddad Neto.
No caso do isquêmico, o médico informa que os sintomas frequentes são perda repentina da força muscular e da visão; dormência ou formigamento no rosto, braço ou perna; dificuldade para se comunicar e compreender (a fala fica arrastada, por exemplo); tontura e alteração da memória.
O principal sinal no caso do hemorrágico é dor de cabeça aguda e repentina. Mas há também aumento da pressão intracraniana com perda da consciência; náuseas e vômitos; e déficits neurológicos, semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.
As mulheres apresentam uma mortalidade maior que os homens que sofrem de AVC: seis em cada dez mortes são do sexo feminino. Os fatores de riscos para derrame cerebral são hipertensão arterial, tabagismo, doenças cardíacas, obesidade, abuso de bebida alcoólica e estresse crônico.
O uso de anticoncepcionais também está entre os fatores de riscos que contribuem para o acidente vascular cerebral entre as mulheres.
Prevenção e tratamento
O médico Eli Faria Evaristo, neurologista do HCor Neuro ressalta que o AVC tem prevenção, já que seus fatores de riscos podem ser evitados. “É possível reduzir os riscos da doença por meio do tratamento adequado da hipertensão, diabetes, sedentarismo, colesterol, doenças cardíacas e do tabagismo”, orienta.
Para prevenir é preciso adotar medidas simples, mas que são importantes para evitar a doença. Entre as ações estão a prática de atividade física regularmente; a adoção de uma alimentação saudável; o controle do peso e da gordura abdominal; a manutenção da pressão arterial dentro dos limites; não fumar; e restringir a ingestão alcoólica.
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