Clínica Geral

Crista de galo é usada para tratar a artrite, diz estudo

Por Redação Doutíssima 01/12/2015

A osteoartrite é a forma mais comum de artrite. Ela afeta mais de 27 milhões de pessoas e provoca dor e rigidez, limitação do movimento articular e alguma inflamação em seus joelhos. Acontece que um procedimento feito a partir da crista de galo pode ser um tratamento bastante eficaz para acabar com esses sintomas.

Injeção feita com crista de galo melhora sintomas 

A viscosuplementação com ácido hialurônico é um dos tratamentos para os sintomas de osteoartrite. O ácido hialurônico natural é produzido a partir de um extrato de um tecido do corpo, como crista de galo, cordão umbilical, pele e fluido sinovial, ou então pela fermentação de bactérias do gênero Streptococcus ou semelhantes. Ele ajuda a lubrificar as articulações.

crista de galo

Injeção com substância como a crista de galo é usada no tratamento de osteoartrite. Foto: iStock, Getty Images

As pessoas com osteoartrite têm menos ácido hialurônico em seu líquido articular do que o normal. A viscosuplementação com essa substância envolve a injeção de um lubrificante sintético na articulação afetada. Isso é capaz de ajudar a reduzir a inflamação e a dor nas articulações, como joelho, quadril, ombro e punho.

É importante saber que a viscosuplementação não oferece a cura da osteoartrite, mas sim uma alternativa para reduzir seus sintomas. Além disso, esse método é capaz de estimular o organismo a produzir ácido hialurônico por conta própria e, por isso, é considerado uma ótima alternativa para quem sofre com esse problema.

Uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, avaliou 76 estudos referentes ao procedimento. Eles sugerem que houve uma diminuição de sintomas como a dor em cerca de 28% a 54% dos casos avaliados.

Porém, essa opção pode ter riscos associados. De acordo com um levantamento da Universidade de Berna, na Suíça, essas injeções são capazes de causar problemas gastrointestinais e cardiovasculares, além de outros efeitos secundários nocivos.

Osteoartrite reduz a qualidade de vida

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença pode reduzir a qualidade de vida das pessoas. Conforme dados do INSS, no Brasil ela é responsável por cerca de 7,5% de todos os afastamentos do trabalho. Além disso, é a segunda causa de prorrogação do auxílio-doença e o quarto motivo mais comum de aposentadorias precoces.

Chamada também de doença articular degenerativa, a osteoartrite é a doença crônica mais comum das articulações. Ela ocorre quando a cartilagem entre as articulações se decompõem, levando a dor, rigidez e inchaço. Aparece mais frequentemente em pessoas idosas, mas os jovens também podem desenvolvê-la.

Há determinados fatores de risco que contribuem para o aparecimento. Destacam-se sobrepeso, lesão articular, articulações não devidamente formadas, defeitos genéticos na cartilagem articular e lesões.

Não há um exame específico para identificar o problema. A maioria dos médicos usa vários métodos para diagnosticá-la e descartar outros problemas, como histórico médico, exame físico, raios-X e outros ensaios, como análises de sangue ou líquido nas articulações.

Quando há diagnóstico, os profissionais de saúde costumam combinar tratamentos para atender o paciente conforme suas necessidades, estilo de vida e saúde. Esse tratamento tem quatro objetivos principais: melhorar a função articular, manter bom peso corporal, controlar a dor e alcançar estilo de vida saudável.

Atualmente a osteoartrite não tem cura – e muitas vezes acaba piorando gradualmente. Boas medidas para evitar e retardar a progressão da doença são manter-se ativo e com um peso corporal saudável. Além disso, há tratamentos específicos capazes de melhorar a dor e a função articular.

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!