Clínica Geral

Conheça a esteatose hepática e saiba como evitá-la

Por Redação Doutíssima 05/06/2015

A esteatose hepática é um termo que descreve o acúmulo anormal de gorduras no fígado. É comum o ser humano ter alguma gordura nesse órgão, mas se o teor normal for ultrapassado de cinco a 10%, é preciso ter atenção. A condição é reversível e normalmente vai embora por conta própria, sem causar danos permanentes.

 

Esteatose hepática e saúde do fígado

O fígado é o segundo maior órgão do corpo, e tem a função de processar tudo o que comemos ou bebemos e filtrar substâncias nocivas ao sangue. Normalmente, ele repara-se pela reconstrução de novas células hepáticas quando as antigas estão danificadas.

esteatose hepatica

Obesidade e desordens metabólicas podem causar acúmulo de gordura no fígado. Foto: iStock, Getty Images

Esse processo, porém, sofre interferência se há muita gordura acumulada no órgão. A esteatose hepática geralmente atinge pessoas de 50 a 60 anos. De acordo com pesquisadores da Universidade da Califórnia, crianças obesas também constituem grupo de risco para desenvolvimento da doença.

 

Em relação aos sintomas e causas de esteatose hepática, saiba que o excesso de gordura no fígado normalmente é assintomático. Algumas pessoas apresentam fadiga ou desconforto abdominal. Caso o fígado esteja inflamado, é possível que haja falta de apetite, perda de peso e fraqueza.

 

Quanto às causas da esteatose hepática, a mais comum é o alcoolismo. Além disso, toxinas, certas drogas e desordens metabólicas hereditárias podem ocasionar a condição. Suspeita-se que, em pessoas que não ingerem álcool em excesso, as causas estejam associadas a níveis altos de colesterol, obesidade e diabetes tipo 2.

A inflamação do fígado é detectável através da análise do abdômen. Por outro lado, o número elevado de enzimas hepáticas normais pode ser encontrado em exames de sangue de rotina. Quanto à gordura no seu fígado, aparecerá como uma área branca em um exame de imagem.

 

É possível diagnosticar a condição também através de uma biópsia hepática. Nesse exame, uma agulha é inserida no fígado para remover uma parte do tecido para análise. O tratamento concentra-se sobre fatores que causam a doença, tais como:

– Tratamento do alcoolismo

– Controle do colesterol

– Perda de peso

– Controle de açúcar no sangue

 

Para reduzir o risco de aparecimento, é preciso fazer escolhas de estilo de vida saudáveis, tais como:

– Limitar ou evitar o consumo de álcool

– Escolher uma dieta saudável

– Manter um peso saudável

De acordo com um estudo da Universidade de Sydney, na Austrália, o exercício é a forma mais eficaz para prevenção. Além disso, o levantamento sugere que, independentemente de volume ou intensidade, o exercício físico traz benefícios significativos para indivíduos com sobrepeso e obesidade portadores de esteatose hepática.

 

esteatose hepática 

Estágios da esteatose hepática

A condição desenvolve-se em quatro fases. Conheça quais são:

 

1. Esteatose

É o estágio no qual o excesso de gordura acumula-se nas células do fígado. É considerado inofensivo e, em geral, assintomático. Normalmente é detectado em exames de sangue de rotina.

 

2. Esteato-hepatite não alcoólica

Desenvolvida apenas por algumas pessoas, é uma forma mais agressiva da condição. O fígado torna-se inflamado, como uma resposta do organismo à lesão. Geralmente indica que as células do órgão estão danificadas.

 

3. Fibrose

As pessoas que passam pela fase dois podem desenvolver fibrose. Trata-se da inflamação persistente do tecido cicatricial fibroso em torno das células do fígado e dos vasos sanguíneos.

 

4. Cirrose

É a fase mais grave, na qual o fígado diminui e torna-se irregular. Revela-se após muitos anos de inflamação hepática associada às fases iniciais da doença. Mas é possível que se revele precocemente em certas pessoas. O dano causado pela cirrose é permanente e irreversível, e pode fazer com que seu fígado pare de funcionar.

 

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