A fibromialgia é uma importante causa de dores generalizadas, acometendo até 4% da população mundial. A oxigenoterapia hiperbárica surgiu como um tratamento alternativo para a doença e se faz através da conhecida câmera hiperbárica.
Estima-se que 2 a 8% da população adulta sofre com o problema. A doença afeta 6 vezes mais as mulheres do que os homens. Entre 80 a 90% dos casos são mulheres com idade entre os 30 e os 50 anos.
Os sintomas da fibromialgia
O sintoma mais importante da fibromialgia é a dor, que pode afetar uma grande parte do corpo. A doença pode causar, além das dores, cansaço, insônia, problemas intestinais, entre outros sintomas. Frequentemente os pacientes são submetidos a vários tratamentos medicamentosos, muitas vezes sem sucesso, o que gera frustação em angústia em grande parte dos doentes.
A fibromialgia é uma doença crônica caracterizada por queixas dolorosas neuromusculares difusas e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas. Outras manifestações que acompanham também as dores são a fadiga, as perturbações do sono e os distúrbios emocionais. Alguns doentes queixam-se de perturbações gastrointestinais.
Oxigenoterapia hiperbárica, o que é?
A Oxigenoterapia Hiperbárica consiste em um tratamento médico através da inalação de oxigênio puro em pressão ambiente aumentada dentro de câmaras hiperbáricas, utilizando-se máscaras ou capuzes especiais, em sessões que duram de uma a duas horas por dia, por um período que varia de acordo com a patologia.
A medicina hiperbárica se desenvolveu no início do século, através de pesquisas sobre os efeitos positivos da pressão sobre o organismo. Benefício que eram observados em indivíduos em exposições hiperbárica, que exerciam atividades de mergulho e em túneis pressurizados.
Os pesquisadores descobriram fenômenos inéditos relacionados com as alterações do organismo submetido à pressão. Quando indivíduos respiravam oxigênio em ambientes pressurizados, observou-se uma ação antibiótica sobre alguns tipos de infecção, cicatrização de feridas e desintoxicação de monóxido de carbono. Isso fez com que a prática se tornasse então um tratamento terapêutico importante nos hospitais.
A oxigenoterapia hiperbárica consiste no emprego de oxigênio a 100% sob pressões elevadas, motivo pelo qual o tratamento ganhou o nome de “câmera hiperbárica”.
A técnica tem sido utilizada com bons resultados no tratamento de feridas de difícil cicatrização, queimaduras, embolias gasosas, entre outras afecções.
A câmera hiperbárica no tratamento da fibromialgia
Um estudo israelense avaliou a efetividade da oxigenoterapia hiperbárica em pacientes com fibromialgia. Para isso os pesquisadores selecionaram 60 mulheres com diagnóstico prévio de fibromialgia.
Metade das pacientes foram submetidas ao tratamento que consistiu no emprego de 5 sessões de 90 minutos de oxigenoterapia hiperbárica por semana durante dois meses enquanto a outra metade foi tratada sem essa técnica.
Os pesquisadores concluíram que as pacientes que foram tratadas na câmera hiperbárica obtiveram alívio significativo da dor e aumento da qualidade de vida durante o período de tratamento. Apesar dos resultados serem animadores, o estudo não permite concluir como os pacientes evoluirão após cessadas as sessões da oxigenoterapia hiperbárica.
Dr. André Marques Mansano é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina. Recebeu do Instituto Mundial de Dor (World Institute of Pain) um título internacional denominado: “Fellow of Interventional Pain Practice”, em Budapeste. Médico Intervencionista da Dor na SINGULAR – Centro de Controle de Dor e no Hospital Israelita Albert Einstein / SP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira (AMB). Membro do Comitê de Educação do “World Institute of Pain” e Membro da Sociedade Brasileira dos Médicos Intervencionistas em Dor. Site web: http://www.drandremansano.com.br/
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