Beber socialmente no happy hour da empresa ou com um grupo de amigos às vezes é tudo que você precisa para relaxar e sair da rotina. Mas já parou para pensar com que frequência isso acontece? Ultrapassar os limites pode ser um problema para a sua saúde, especialmente a longo prazo.
Beber socialmente ajuda a uma melhor interação social
Conforme uma pesquisa publicada na revista Psychological Science, beber socialmente é um fator positivo para potencializar a interação social. Foram analisadas 720 pessoas, divididas em três grupos. Cada um deles recebeu um tipo específico de líquido – apenas um bebidas alcoólicas.
Houve então uma interação entre todos os grupos. Os participantes não sabiam o que estava em jogo – acreditavam que a pesquisa dizia respeito a outro assunto. Logo após essa reunião, os pesquisadores solicitaram que todos preenchessem questionários sobre o que haviam achado dos demais.
Os resultados mostram que as melhores avaliações foram justamente aos que tinham tomado bebidas alcoólicas. Mas, ainda que aparentemente positivos, os efeitos de beber socialmente podem se tornar um problema – principalmente porque muitos não sabem os limites.
Uma enquete realizada pelo site britânico YouGov dá o tom do problema. Para 83% das pessoas que a responderam, quem bebia acima dos limites seguros ainda assim poderia ser considerado alguém que bebia apenas socialmente.
Problemas relacionados com a bebida
Quem não sabe os limites é capaz de sofrer as consequências no futuro – nem tão distante assim. É o que indica uma pesquisa realizada em parceria por cientistas da Vanderbilt University e da University of California, ambas dos Estados Unidos.
Os resultados desse levantamento mostraram que beber socialmente, mas de forma pesada, é capaz de causar os mesmos problemas visualizados em pessoas hospitalizadas em razão de alcoolismo.
Para fins de estudo, foram considerados os seguintes limites aceitáveis para quem bebe socialmente: 100 drinks por mês para homens e 80 drinks por mês para mulheres. Normalmente, as doenças relacionadas com o álcool afetam pessoas mais velhas que bebem mais de 14 unidades por semana.
Especialistas do Hospital Kings College, em Londres, sugerem que as pessoas que acreditam beber dentro das diretrizes de baixo risco e consideram normal beber socialmente talvez estejam elevando o risco de desenvolver doenças relacionadas com o álcool.
É possível ilustrar o problema. Por exemplo, há quem acredite que é bastante natural beber uma garrafa de vinho durante o jantar. Isso porque se está tomando com alimentos. Assim, dificilmente o comportamento estará associado a atitudes inadequadas ou sensação de embriaguez.
Vale dizer ainda que o álcool muitas vezes é usado como uma fuga. Isso é capaz de mascarar problemas como estresse, ansiedade, depressão ou transtornos de personalidade, vindo a causar dependência no futuro.
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