Clínica Geral

AVC : identifique os sinais e preste socorro

Por Redação Doutíssima 03/07/2014

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), também conhecido como derrame, resulta do entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.

AVC é doença mortal

Em todo o mundo, anualmente, 15 milhões de pessoas sofrem um acidente vascular e, entre elas, cerca de 6 milhões não conseguem sobreviver. No Brasil, o derrame é a principal causa de morte, com índices de óbitos superiores ao câncer e a Aids, por exemplo. A cada seis segundos, um brasileiro sofre um.

AVC isquêmico tem sinais como a perda repentina da força muscular e tontura. Foto: Shutterstock

AVC isquêmico tem sinais como a perda repentina da força muscular e tontura. Foto: Shutterstock

Como identificar o AVC

Saber identificar os sinais de um acidente vascular é fundamental no socorro à vítima. O AVC isquêmico apresenta sintomas como a perda repentina da força muscular, a perda da visão, a dificuldade de comunicação oral, tonturas, formigamento em um dos lados do corpo e alterações da memória.

Já os principais sintomas do acidente vascular hemorrágico são dor de cabeça, edema cerebral, aumento da pressão intracraniana, náuseas e vômitos e déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.

Fatores de risco do AVC

Existem diversos fatores que podem causar um derrame. Os fatores de risco são os mesmos que provocam ataques cardíacos, como hipertensão arterial, colesterol alto, fumo, diabetes, alcoolismo, excesso de peso e estresse, além de histórico familiar.

Há alguns fatores de risco que não podem ser modificados, como a idade, raça, constituição genética e sexo, porém, você pode mudar alguns hábitos de vida, de forma a tentar prevenir a ocorrência de um acidente vascular.

Tente controlar sua pressão arterial e o nível de açúcar no sangue, não fume, não beba, procure manter abaixo de 200 o nível de colesterol, pratique atividades físicas e tenha uma alimentação saudável.

Diagnóstico e tratamento do AVC

O tratamento da pessoa que foi vítima de derrame cerebral dependerá muito de cada caso. O indivíduo que sentir os sintomas de AVC deve ser encaminhado, imediatamente, a uma unidade hospitalar, diminuindo o risco de sequelas.

A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo de sangue, aliviando a pressão cerebral ou revascularizando veias ou artérias comprometidas. Infelizmente, as células cerebrais não se regeneram.

Após o derrame, a pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular entre outras.

Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do acidente vascular e o recebimento do tratamento necessário.

Existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados. Para que a recuperação e os resultados sejam positivos, é fundamental o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de saúde, com fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais.

Tipos de AVC

Vale lembrar que existem dois tipos: acidente vascular isquêmico e hemorrágico. No primeiro caso, é a falta de circulação em uma área do cérebro, provocada pelo entupimento de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Este tipo de acidente vascular geralmente ocorre em pessoas mais velhas com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares ou fumantes.

Já o AVC hemorrágico é o sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue ou traumatismos. Este tipo de derrame pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.

 

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