Pessoas que sofrem com doenças mentais graves apresentam, na maioria dos seus casos, problemas de sono, o que aumenta o risco de hospitalização psiquiátrica e uso de serviços de emergência de saúde mental.
Segundo uma pesquisa americana, realizada pela Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health e pelo Instituto Americano de Psiquiatria para Pesquisa e Educação, 78% dos indivíduos que tomam medicamentos para algum distúrbio psiquiátrico sofrem de distúrbios do sono, tendo maior chance de hospitalização psiquiátrica.
O resultado deste estudo mostrou que este problema médico deve ser levado em conta na avaliação de custo dos cuidados em pacientes que sofrem deste mal.
O que leva à hospitalização psiquiátrica
Normalmente, quem sofre de insônia se acostuma com as consequências do distúrbio, como cansaço, sonolência excessiva, irritabilidade, dor de cabeça, raciocínio lento e dificuldade de concentração, passando a acreditar que nunca terá uma boa qualidade de sono. Diante deste quadro, pode estar à beira de uma hospitalização psiquiátrica.
A insônia pode ser curada se for tratada adequadamente e de forma efetiva. Só que, para se chegar a este resultado, é preciso que a pessoa esteja disposta a mudar seus hábitos de vida e seguir o tratamento indicado pelo especialista, que pode incluir a hospitalização psiquiátrica.
Como as doenças psiquiátricas, por exemplo, a ansiedade e a depressão, e as cardiovasculares podem surgir em decorrência da falta de sono, é de extrema importância tratar a insônia para preservar e cuidar da qualidade de vida e da saúde.
O tratamento para este problema costuma contar com o uso de medicamentos hipnóticos, que provocam e prolongam o sono. Também podem ser utilizados fitoterápicos que não causam efeitos colaterais.
Comportamento
Além do uso de medicamentos hipnóticos e de fitoterápicos, existe o tratamento comportamental para melhorar a qualidade do sono, o que pode motivar a hospitalização psiquiátrica.
Dentro deste cenário, uma das medidas mais indicadas a ser trabalhada é a higiene do sono. Assim sendo, é importante manter os horários regulares de dormir e, principalmente, acordar.
Outra medida é evitar atividades estimulantes perto da hora de dormir. No entanto, os exercícios físicos devem fazer parte da rotina do indivíduo. O ideal para quem tem dificuldade em iniciar o sono é fazer o exercício pela manhã.
Para se obter uma boa noite de sono e descanso, se faz necessário manter o quarto escuro, sem ruídos e confortável, evitando levar preocupações do trabalho para a cama. Também é preciso dormir menos do que precisa por um período para favorecer a consolidação do sono. Depois dessa fase, deve retomar o tempo de sono normal. No entanto, este procedimento só deve ser feito com acompanhamento profissional.
Relaxamento
Adotar, no momento de se deitar para dormir, técnicas de relaxamento muscular progressivo e de meditação ajudam quem sofre de insônia, assim como a terapia cognitiva. Por meio deste método psicoterápico, é possível trabalhar crenças e expectativas inadequadas a respeito do sono.
Só que antes de seguir qualquer uma dessas orientações, é preciso procurar um especialista em Medicina do Sono para que ele possa avaliar o real quadro clínico do indivíduo. Caberá a ele fazer exames complementares para descartar a presença de outros distúrbios, como a síndrome da apneia obstrutiva do sono.
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