A automedicação é habito comum entre milhares de pessoas. Desde os tempos das nossas avós, que já utilizavam dessa prática, até hoje em dia, passando de geração em geração. Quando éramos crianças e nos queixávamos de dor de cabeça ou gripe, nossa mãe já sacava algum comprimido do armário ou então fazia um remédio caseiro que era “tiro e queda”.
Com isso, fica comprovado que muitas pessoas vão diretamente à farmácia para comprar remédio antes mesmo de pensar em procurar o médico. Além disso, vários studos já mostram que é maior a prevalência de mulheres adeptas à automedicação, o que é uma situação que tem preocupado governos de diversos países, devido ao risco da automedicação para a saúde.
Muitas mulheres costumam comprar remédios para ter em casa, para um momento em que nosso marido ou filhos precisem. Mas, na maioria dos casos elas desconhecem a verdadeira ação desses medicamentos, bem como as reações adversas que eles podem provocar. Além disso, muitas vezes os fármacos reagem entre si e com alimentos alterando sua fórmula e mecanismos de ação, o que pode cortar ou potencializar a ação do remédio em questão.
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Outra complicação da automedicação é que ao tentar resolver os sintomas podemos deixar de tratar a verdadeira causa dele. Por exemplo, quando sentimos dores pelo corpo, tosse, mal-estar, a primeira coisa em que pensamos é que estamos fincando resfriados, pois os sintomas citados são realmente de gripe. Mas acontece que estes podem ser também sintomas de pneumonia, dengue e outras doenças. Então, ao preferirmos usar algum medicamento desses que aparecem na televisão. O perigo é que, deixando de ir médico, podemos estar retardando o tratamento adequado para a doença que realmente temos.
Entenda os riscos da automedicação para mulheres
1 – Laxantes: seu uso indiscriminado pode ocasionar alterações intestinais e até perfuração do intestino, pelo fato de que o bolo fecal pode ficar muito enrijecido. Prefira uma alimentação balanceada, fibras e beba muita água;
2 – Antibióticos: existem vários disponíveis nas farmácias e cada um serve para atacar uma espécie de bactéria diferente. Seu uso frequente pode fazer com que o nosso organismo fique resistente a sua ação;
3 – Antiácidos: são usados para alivia dores no estômago, porém essas dores podem ser alerta para úlceras, tumores, pancreatite e até mesmo infarto agudo do miocárdio;
4 – Cremes e pomadas: nós mulheres detestamos manchas e sinais ne pele da face e do corpo. Por isso sempre que vemos algum sinal partimos logo para o uso de algum creme na intenção de que a mancha despareça. Mas estas pomadas podem causar dermatite de contato, além de mascarar o câncer de pele. Então, ao perceber manchas, procure imediatamente médico;
5 – Vitaminas: algumas vitaminas em excesso podem causar doenças, por exemplo, em grande quantidade a vitamina C pode provocar distúrbios gastrointestinais e cálculo renal;
6 – Chás e remédios fitoterápicos: mesmo sendo naturais, eles possuem substâncias que podem provocar interação medicamentosa e reações alérgicas, assim como qualquer outro fármaco.
Além dos efeitos colaterais que a automedicação pode causar existem ainda os riscos da interação medicamentosa:
- Usar anticoncepcional juntamente com medicamento fitoterápico: reduz em até 60% a ação do anticoncepcional;
- Usar anticoncepcional juntamente com antibiótico: muitos antibióticos reduzem os efeitos contraceptivos da pílula mesmo que esta seja usada corretamente. Assim é importante perguntar ao médico se o antibiótico prescrito tem essa propriedade;
- Usar hormônios juntamente com anticoncepcional: hormônios femininos, como o estrógeno, junto com o anticoncepcional podem aumentar a coagulação sanguínea, fazendo com que a mulher possa ser acometida por trombose, infarto ou mesmo acidente vascular cerebral;
- Usar paracetamol juntamente com anti-inflamatório: podem lesionar os rins causando, por exemplo, insuficiência renal;
- Usar medicamentos para emagrecer juntamente com antidepressivos: pode ocasionar taquicardia, aumento da pressão arterial e consequentemente riscos de derrame.
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Vale ressaltar ainda que em casos de gestantes os riscos da automedicação são ainda maiores, pois tanto a mulher quanto o bebê podem ser afetados pela medicação e as consequências podem ser desde uma alergia leve até a má formação fetal. Assim, seja qual for o sintoma, procure o posto de saúde perto de casa ou um médico de confiança e trate-se com segurança.
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