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Narcolepsia provoca súbitas crises de sono. Entenda a doença

Por Redação Doutíssima 05/06/2014

A narcolepsia é um distúrbio do sono que gera sonolência excessiva e ataques de sono diurno. Trata-se de um distúrbio do sistema nervoso relacionado a quantidades reduzidas de uma proteína chamada hipocretina, que é gerada no cérebro.

Mas não se sabe ao certo o que leva o cérebro a produzir menor quantidade desta proteína. A narcolepsia tende a ser hereditária e pode piorar em casos de horários de trabalho inapropriados e excessivamente rígidos.

Sintomas da narcolepsia

Narcolepsia pode piorar se o indivíduo possui horários de trabalho inadequados. Foto: Shutterstock

Narcolepsia pode piorar se o indivíduo possui horários de trabalho inadequados. Foto: Shutterstock

A narcolepsia causa sonolência ou ataque de sono diurno que podem durar de 30 segundos a 15 minutos, em média. Geralmente, ocorrem após as refeições, mas pode aparecer também enquanto a pessoa dirige ou quando fala com alguém, entre outras inúmeras situações do dia a dia.

O portador de narcolepsia pode apresentar alucinações que se assemelham a sonhos, antes de acordar. Essas alucinações podem envolver a visão, a audição e também outros sentidos do corpo humano. O indivíduo pode não conseguir se mover assim que acorda ou quando começa a dormir. Em casos mais graves, a pessoa pode cair e ficar paralisada por até vários minutos.

Entretanto, nem todos os pacientes da narcolepsia têm todos estes sintomas citados. Para saber mais sobre como enfrentar a doença, é imprescindível solicitar assistência médica se o indivíduo apresentar alguns destes sinais e ter na sonolência um obstáculo para as suas tarefas diárias.

Diagnóstico da narcolepsia

O diagnóstico da narcolepsia ocorre por meio de um exame físico, com uso de um estetoscópio para auscultar o coração e os pulmões. O médico também realiza algumas perguntas para identificar os sintomas relacionados à narcolepsia: insônia, distúrbios do sono, síndrome das pernas inquietas, convulsões, apneia do sono, e doenças do sistema nervoso, psiquiátricas e físicas.

O médico ainda poderá solicitar alguns exames, como o eletrocardiografia (que mede a atividade elétrica do coração), o eletroencefalograma (que mede as atividades do cérebro), o monitoramento da respiração e testes genéticos para identificar o gene da narcolepsia.

Uma polissonografia (para monitorar o sono) e um Teste Múltiplo de Latência do Sono (MSLT) também podem ser realizados. Esse último exame mede quanto tempo o paciente leva para adormecer durante uma soneca diurna. O que é possível verificar através desse exame é que os pacientes com narcolepsia adormecem muito mais rápido do que as pessoas que não possuem a doença.

Tratamento da narcolepsia

A narcolepsia não possui ainda uma cura conhecida, mas com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas. Mudanças no estilo de vida e aprender a lidar com os efeitos emocionais são atitude que podem ajudar no melhor funcionamento das atividades sociais e de trabalho.

É recomendável fazer refeições leves, programar um cochilo breve de 10 a 15 minutos após as refeições se possível e informar professores (na escola) ou chefes (no trabalho) sobre o problema para que a pessoa não seja julgada como “preguiçosa”.

Para o tratamento da narcolepsia, podem ser prescritos alguns medicamentos, como o estimulante modafinil (Provigil), a dextroanfetamina (Dexedrine, Dextrostat) e o metilfenidato (Ritalina). Além disso, medicamentos antidepressivos (como inibidores seletivos de recaptação da serotonina, antidepressivos tricíclicos e oxibato de sódio) podem ajudar a reduzir os episódios de cataplexia, paralisia do sono e alucinações.

 

 

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