Encontrar o homem ou a mulher ideal, para muitos, pode se tornar algo muito angustiante. Certamente você conhece alguém que tenha todos os predicados para encontrar um namorado ou namorada: bonita, interessante, atraente, simpática, inteligente, honesta. E ainda assim ela não consegue alcançar este objetivo.
Mas porque, apesar de tantas qualidades, esta pessoa não é capaz de manter um relacionamento estável? O que será que acontece com elas? Será que têm o “dedo podre” como se diz na linguagem popular? As respostas para essas perguntas podem estar mais perto do que se imagina.
O que me impede de encontrar um namorado?
Existe um grupo interessante que, quando tudo se direciona para a realização efetiva do namoro ou casamento, as coisas começam a ruir. Aqueles que se apaixonam continuamente por pessoas distantes ou compromissadas e nunca conseguem concretizar seu par afetivo, ou seja, encontrar um namorado ou namorada para um relacionamento ‘possível’.
Sim, os sentimentos de inferioridade, incapacidade, rejeição, desvalorização destroem a autoestima, e muitas vezes a esperança. A frustração é recorrente, por um lado não conseguem estabelecer um vínculo afetivo, por outro, são “cobradas” social e familiarmente pela construção da sua própria família.
O tempo passa, os amigos se casam, e o príncipe (ou princesa) parece que nunca chega. Depois dos trinta anos, a cobrança vai ficando maior e os sonhos vão se tornando pesadelos se você não consegue encontrar um namorado ou namorada.
Cada pessoa escreve sua própria história ao longo da vida e se deve respeitar essa individualidade psíquica, naquilo que se vê e sente por si mesmo, e assim se delineia sua vida. O meu sentir é imponderavelmente o meu sentir. De maneira geral, a clínica psicanalítica nos ensina e auxilia muito a entender e reverter casos como estes, onde parece impossível encontrar um namorado ou namorada.
A experiência infantil, dentro dos relacionamentos parentais, é a base para compreensão da maioria dessas dificuldades relacionais, a ponto de Freud nos ensinar que a soma de um casal não é dois, mas seis. Ou seja, levamos e projetamos muito (muito mesmo!) dos relacionamentos que tivemos com nossos pais.
Desejos inconscientes, frustrações, fantasias, crenças e estereótipos, sentimento de abandono, de rejeição, culpa. O modo relacional com os pais são projetados e revividos no relacionamento adulto. Busca-se curar as feridas infantis nos relacionamentos futuros, na ânsia de consertar, salvar o torto, repetindo o mesmo modelo. O reprimido sempre retorna buscando um amoldamento.
Entrelaçam-se a este características como a inveja; a rivalização; o ciúme; relação parcial com o objeto; a dependência afetiva; a voracidade; a necessidade de relação simbiótica; idealizações; o desejo de agradar e obter privilégios; o afeto abafado; a agressividade; o comportamento de esquiva; o individualismo; a competitividade com o sexo oposto; o ciúmes; o medo do vínculo afetivo; as expectativas; a busca da perfeição (de si mesmo e do outro).
Nós traçamos teias inconscientes que acabam por gerar estes ciclos repetitivos, o que por vezes nos atrapalha (ou mesmo impede) de encontrar um namorado ou namorada, além de dificultar a construção de laços mais fortes nos nossos relacionamentos.
Mas, é possível mudar isso? Sim! Tenha a certeza disso!