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Um dos grandes feitos da medicina mundial: entenda como funciona o transplante de coração

Por Redação Doutíssima 22/04/2014

O transplante de coração é caracterizado pela substituição do coração de um indivíduo pelo coração de outro. O procedimento é feito por uma equipe médica especializada, dentro de um hospital devidamente equipado para realizar a troca com plena eficiência e total segurança.

Há dois tipos de transplante de coração. Em um deles, o coração é totalmente removido e, no seu lugar, é colocado um novo órgão. A outra técnica consiste em deixar parte do coração do indivíduo e, por cima dele, é colocado o outro órgão.

transplante de coração

Transplante é indicado para doenças cardíacas graves em estágios avançados. Foto: Shutterstock

Durante todo o procedimento cirúrgico, o paciente permanece sedado e respirando com o auxílio de aparelhos. Após o transplante de coração, o indivíduo deve ficar internado no hospital por cerca de um mês para a sua pronta recuperação e, também, para evitar o surgimento de infecções.

Riscos do transplante de coração

Os riscos do transplante de coração envolvem a possibilidade de ocorrer infecção, rejeição ao órgão transplantado, desenvolvimento de aterosclerose (entupimento das artérias cardíacas) ou aumento do risco de desenvolver um câncer.

Apesar dos riscos, a taxa de sobrevida dos indivíduos transplantados é grande: estima-se que cerca de 80% deles vivem mais de dez anos, tendo uma vida normal e podendo realizar até mesmo atividade física, apenas mantendo os medicamentos imunossupressores.

É importante saber, contudo, que os medicamentos administrados podem causar alguns efeitos colaterais indesejados, como diabetes, problemas no funcionamento dos rins e do fígado e aumento da pressão arterial. Se estas condições forem observadas, o médico poderá ajustar a dosagem e corrigir ou controlar os sintomas.

Cuidados necessários

Para garantir a eficácia dos medicamentos imunossupressores, o indivíduo só poderá tomar qualquer outro fármaco sob orientação médica, pois os remédios podem interagir e, assim, o coração vir a ser rejeitado pelo organismo.

A fim de prevenir o surgimento de infecções, é recomendado que o indivíduo evite o contato com outras pessoas que estejam doentes, mesmo que seja uma simples gripe. Isto porque o seu quadro de saúde estará debilitado e, nestas condições, o transplantado estará mais vulnerável à ação de vírus, os quais podem desencadear algum tipo de infecção.

Indicações e contraindicações

O transplante de coração é indicado no caso de doenças cardíacas graves em estágios avançados, as quais não podem ser solucionadas com a administração de algum tipo de medicamento e nem com outras cirurgias. A indicação da procedimento cirúrgico também depende do estado dos outros órgãos (como cérebro, fígado e rins), pois, se eles estiverem gravemente comprometidos, o indivíduo poderá não se beneficiar do transplante.

A cirurgia não é indicada para determinados casos. Entre eles, podem ser citados: doenças cerebrovascular e/ou vascular periférica graves, insuficiência hepática irreversível, doença pulmonar grave, incompatibilidade sanguínea entre receptor e doador, doença psiquiátrica grave, dependência química e não aderência às recomendações dos médicos.

Outras contraindicações incluem a idade maior do que 70 anos (contraindicação relativa), diabetes insulino-dependente ou diabetes mellitus de difícil controle, obesidade mórbida, infecção ativa, úlcera péptica em atividade, embolia pulmonar com menos de três semanas, câncer, insuficiência renal, amiloidose, sarcoidose ou hemocromatose, hepatite B ou C e AIDS.

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