É possível resumir a disfagia como uma dificuldade na deglutição, ou a não habilidade de engolir alimentos, sejam eles pastosos ou líquidos. Mais comum em pessoas idosas, alguns cuidados devem ser tomados para que as refeições sejam realizadas com sucesso.
A disfagia em si não é uma doença. Ela é um efeito secundário, podendo ser gerada por meio de traumas, câncer ou doenças destrutivas. Pessoas com problemas neurológicos normalmente apresentam algum nível de disfagia.
Quando em tratamento, o paciente ou o cuidador (caso ele precise) devem adotar uma rotina de atos, especialmente durante as refeições. Modificar a consistência dos alimentos é uma boa ideia. Torná-los mais suaves ou pastosos ajuda ao engolir, facilitando a ingestão. Contudo, não misture consistências no mesmo prato. Alimentos pastosos são pastosos e a pessoa os entende assim. Se houverem pedaços de carne no meio dele sem um aviso prévio, ela pode acabar se engasgando.
Cardápio contra a disfagia
É importante que os cardápios não deixem de ser nutritivos e apetitosos, pois, mesmo que seja um tipo de purê, o corpo começa a “ter vontade de comer” com auxílio da visão e do olfato. Líquidos merecem uma atenção a mais, pois podem escorrer e causar engasgos ou afetar o sistema respiratório.
Contando com a consistência, mesmo que não seja muita, os alimentos podem ser bem variados. Sumos naturais, purês, sopas e caldos enriquecem a dieta e podem ser preparados de maneira a conter alto teor de vitaminas e minerais. Um alimento coringa no tratamento de disfagia pode ser o iogurte. Eles são frescos e gelados, o que contribui para aliviar a dor provocada.
Outro cuidado no controle da disfagia é ingerir líquidos um pouco mais grossos e fazer substâncias geladas mais presentes no dia-a-dia. É possível que suplementos hipercalóricos e/ou hiperpróteicos tenham de ser introduzidos na dieta, caso não seja possível atingir todas as necessidades nutricionais.
Amenizando a disfagia
Para cuidadores e pacientes: atenção às refeições! Se a pessoa precisa de um cuidador, este deve estar na mesma altura que o outro para administrar a ingestão. Porções pequenas, não importando a consistência do alimento, são indicadas. Com a dificuldade causada pela disfagia, quanto menor a porção, mais fácil será a ingestão.
As refeições exigem paciência. Ofereça ou se alimente com uma colher de chá, calmamente. Quanto mais rápido a comida for ingerida, maiores são as chances de engasgo e de dor.
Tenha sempre por perto um lenço, guardanapo ou toalha de mão para limpar a boca. Certifique-se de que a comida foi totalmente ingerida antes de comer ou oferecer a próxima porção.
Outras dicas
Quando a disfagia se manifestar, algumas ações podem contornar o problema. Um “truque” que pode ser usado é oferecer uma colherada vazia quando o acúmulo de resíduo alimentar for percebido. Essa ação incentiva a deglutição e tem como objetivo limpar ou esvaziar a cavidade oral.
Não utilize líquidos na intenção de “ajudar o alimento a descer”. Se caso a pessoa começar a tossir, que é um reflexo natural de proteção em pacientes com disfagia, aguarde a crise passar. Pergunte se a pessoa está bem e, só então, ofereça um líquido ou outra colherada do prato, tomando cuidado.
Pessoas com disfagia precisam de acompanhamento de um fonoaudiólogo e de um nutricionista. Esses dois profissionais exercem um papel fundamental no tratamento.
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