Arritmia cardíaca é grave? Entenda por que o coração fica fora do ritmo e quais os riscos

Palpitação cardíaca, pulso acelerado, sensação de nó na garganta, falta de ar. Qualquer alteração no ritmo das batidas do coração, que pode fazer com que ele bata mais rápido ou mais lentamente, ou simplesmente fora de ritmo, caracteriza a presença de uma arritmia cardíaca.

A condição pode tanto ser benigna quanto indicar uma situação grave para o indivíduo. Cada caso deve ser investigado para se descobrir se a arritmia cardíaca é o anúncio de uma doença pré-existente no coração ou se ela própria representa risco para o paciente.

A arritmia cardíaca pode ser o anúncio de uma doença pré-existente no coração. Foto: Shutterstock

Causas da arritmia cardíaca

A arritmia cardíaca é provocada por distúrbios na formação do impulso elétrico, que tem origem em outras estruturas do coração. O músculo cardíaco possui uma estrutura capaz de gerar um estímulo elétrico espontaneamente (nó sinusal), sendo que estes impulsos elétricos saem dele e caminham por uma rede de nervos e células, promovendo a contração sincronizada dos átrios e ventrículos.

Desacertos na origem desse estímulo ou em sua condução causam a arritmia cardíaca, que pode ocorrer em qualquer idade e sexo. Isto acontece porque o coração é constituído por duas bombas que possuem um sistema elétrico próprio, responsável pelo ritmo e pela sincronização da atividade mecânica adequada para cada situação fisiológica do organismo.

Quando se está em repouso, a necessidade de oxigênio na circulação é muito pequena, o que faz com que o ritmo cardíaco seja baixo e a frequência não ultrapasse de 40 a 50 batimentos por minuto. Já quando estamos em atividade física normal ou praticando algum exercício, o tecido muscular necessita de muito mais oxigênio e, assim, a frequência cardíaca aumenta.

Sintomas

Dependendo da inadequação da frequência cardíaca, os sintomas de arritmia cardíaca podem aparecer. A queda do nível de consciência e, eventualmente, os desmaios podem ser manifestações de uma frequência muito baixa ou muito rápida. Nos dois casos, a eficiência da bomba cai e o fluxo de sangue fica reduzido.

Assim sendo, sintomas de baixo fluxo sistêmico cerebral podem ocorrer tanto nas frequências muito baixas quanto nas muito elevadas. No entanto, a percepção de que o coração está batendo num ritmo inadequado é um sintoma muito importante de arritmia cardíaca.

Quando o distúrbio do ritmo do coração é muito acentuado e grave, a atividade cardíaca pode ser tão rápida e também desorganizada, de forma que a eficiência mecânica do coração desaparece, dando possibilidade para a ocorrência de uma fibrilação.

Diante deste quadro, a atividade elétrica existe, mas não é sincronizada, fazendo com que não haja contração muscular efetiva, nem fluxo sistêmico, o que pode provocar uma parada cardíaca. Vale lembrar que esta situação extrema pode levar à morte súbita.

Tratamento

Quando a arritmia cardíaca se apresenta de forma benigna, ou seja, sem alterar o desempenho do coração, ela não é capaz de trazer risco de vida para o indivíduo. Nestes casos, basta controlar o problema com medicação e com a prática de atividade física.

Já quando é diagnosticado um quadro de arritmia grave, pode ser necessário, na maioria dos casos, fazer um implante de marca-passo ou de um cardiodesfibrilador para seu controle ou a sua reversão, caso as medicações orais não sejam suficientes para conter a doença.

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