O terror noturno, também conhecido como pânico noturno, é um distúrbio do sono que geralmente afeta as crianças, fazendo com que elas despertem em um estado aterrorizante. É normal as crianças terem pesadelos à noite, porém, se isto ocorrer com certa frequência, de forma a provocar angústia e sofrimento nelas, pode ser identificado como um distúrbio, sendo necessário procurar um profissional da área médica.
As causas do terror noturno ainda são desconhecidas, mas estudos comprovam que o terror noturno é mais comum em meninos entre cinco e sete anos de idade. No entanto, ele pode ocorrer também em meninas.
Durante o terror noturno, a criança grita, deita-se na cama e transpira muito. Foto: Shutterstock
Os episódios de terror noturno são regularmente comuns em crianças entre três e sete anos. Contudo, isto não impede que eles ocorram também em adultos, especialmente quando há tensão emocional ou o consumo excessivo de álcool.
Indícios do terror noturno
Geralmente, o terror noturno ocorre uma hora depois que a criança pegou no sono. Durante o distúrbio de terror noturno, a criança grita, deita-se na cama, transpira muito, movimenta-se como se estivesse se defendendo, seus batimentos cardíacos ficam acelerados e ela não reconhece as pessoas que tentam ajudar.
O distúrbio do terror noturno pode durar de 10 a 20 minutos. Ao seu final, a criança volta a dormir como se nada tivesse acontecido, sem sequer lembrar-se da experiência ao acordar.
O terror noturno pode acontecer por várias noites seguidas ou mesmo pode se repetir na mesma noite – o que irá depender da gravidade do distúrbio. É importante lembrar que crianças com terror noturno podem ter também sonambulismo. Estes tipos de distúrbios acabam alarmando muito mais os pais do que a própria criança.
É importante destacar, ainda, que o terror noturno também pode ser causado por uma febre alta. Se for essa a sua motivação, o distúrbio não irá se manifestar assim que a febre baixar e a criança melhorar.
Tratamento para o terror noturno
Na maioria dos casos, o terror noturno desaparece espontaneamente com o passar do tempo. Ainda assim, alguns fatores familiares podem ajudar no tratamento. Reflita sobre como é a vida da criança, se ela está sendo exigida demais ou pressionada e se o relacionamento dela com a família e os amigos é adequado. Lembre-se sempre que a criança precisa de compreensão, carinho, afeto e amor.
Após o susto inicial, a criança deve ser acolhida e ouvir palavras de apoio e segurança até que a sensação de terror diminua. Evite que seu filho olhe filmes de terror ou programas assustadores, pois eles também podem desencadear episódios de terror noturno.
Procure um especialista caso eles se repitam com frequência, interromperem o sono diariamente, ocorrerem outros sintomas durante o distúrbio ou se, durante a experiência, acontecerem lesões corporais. O uso de calmantes antes de dormir, geralmente, não reduz o terror noturno. Se ele for grave ou prolongado, a criança pode precisar de uma avaliação psicológica.
Uma das opções para diminuir o distúrbio é regularizar o sono da criança. Ela deve ter hora para dormir e acordar, respeitando o mínimo de oito horas por noite. É muito importante que seu filho tenha uma alimentação saudável. Antes de dormir, ele não deve ingerir alimentos gordurosos, carnes, café, laticínios e outros de difícil digestão.
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