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Educação sexual: por que debater sexualidade na escola

Por Redação Doutíssima 22/06/2014

Assunto muito polêmico, cercado de mitos, tabus e preconceitos, o debate sobre a sexualidade era praticamente inviável de ser realizado no colégio em tempos mais longínquos. Hoje, entretanto, já há consenso de que a educação sexual deve começar desde cedo e, além disso, preferencialmente na escola.

O que significa educação sexual

Para entender o porquê disso sem maiores ressalvas, compreenda primeiro o que significa a expressão educação sexual: é o estudo sobre os aspectos físicos e psicológicos que envolvem o sistema reprodutor do ser humano e de todas consequências e desdobramentos relacionados, preparando os jovens para a vida sexual.

Aos 3 anos, criança já compreende existência dos gêneros masculino e feminino. Foto: Shutterstock

Aos 3 anos, criança já compreende existência dos gêneros masculino e feminino. Foto: Shutterstock

Isso quer dizer, então, que educação sexual não significa um estímulo à sexualidade dos jovens, mas sim uma série de esclarecimentos de dúvidas que eles possam ter e, talvez, não tenham coragem de explorar em casa. Por isso, entende-se, modernamente, que a escola é um dos locais mais adequados para debatê-la.

Por que aplicar a educação sexual

Afinal, quais as vantagens de a educação sexual ser debatida já na escola? Estudos apontam que, aos 3 anos de idade, a criança já consegue distinguir a existência de dois gêneros, o masculino e o feminino. E, não é preciso dizer, é natural que dessa diferença nasça uma intensa curiosidade.

Uma educação sexual desde cedo, assim, permite o esclarecimento das dúvidas que as crianças e os adolescentes podem vir a ter sobre essas diferenças, mas de forma estritamente científica – o que é positivo, já que permite a elas contextualizar no futuro a sexualidade abordada com outras perspectivas.

Não bastasse isso, como esse assunto sempre foi alvo de muitos tabus e mitos, os pais dessas crianças e adolescentes, muitas vezes, não possuem conhecimento o suficiente para dar uma educação sexual adequada a seus filhos dentro de casa.

Educação sexual é prevenção

Além do caráter elucidativo, a educação sexual na escola permite a prevenção de uma série de situações indesejáveis. É possível alertar os jovens, sobretudo as garotas, da possibilidade de uma gravidez precoce e de todas as dificuldades e os riscos que ela ocasiona.

Ainda, a educação sexual desde cedo proporciona o conhecimento do quão importante é o uso de preservativos: não apenas para evitar a gravidez precoce, mas também para impedir a proliferação das tão temidas doenças sexualmente transmissíveis.

Com o ensinamento de que o corpo é uma propriedade da própria pessoa e de que somente ela pode dele dispor, a educação sexual cumpre ainda um importante papel de viés social. É que, tendo essa questão bem clara, é possível aos jovens ter a exata noção de quando, por exemplo, estão sendo vítimas de abusos – infelizmente, algo ainda tão comum.

A educação sexual possibilita, assim, que eles não aceitem essa situação como sendo algo natural e, ainda, que denunciem às autoridades ou a outro adulto eventuais transgressores.

Conhecimento para a educação sexual

Em resumo, a introdução da educação sexual na escola é salutar, mas, por óbvio, deve ser feita sempre considerando o nível de conhecimento e maturidade do destinatário da lição.

Você não precisa se preocupar com isso, porém: há diversos estudos que indicam os momentos oportunos, a profundida adequada e a linha que deve ser adotada para tratar de determinadas questões, de modo que a criança e o adolescente apenas irão saber questões que estão adequadas à sua faixa etária.

 

 

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